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Amazonas perde seis posições no Ranking de Competitividade e recua para 17º lugar

O Amazonas caiu do 11º para o 17º lugar no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O resultado mostra avanços pontuais em capital humano e sustentabilidade ambiental, mas revela desafios estruturais e sociais que comprometem o desempenho.

O que foi medido no ranking

O Ranking de Competitividade dos Estados é produzido pelo CLP há 14 anos. Na edição 2025, foram analisados 100 indicadores distribuídos em dez pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.

A 14ª edição incorporou o indicador de feminicídio, destacando a importância de políticas públicas para reduzir a violência contra mulheres.

Zona Franca e preservação ambiental

Entre os pontos positivos, o estado ocupa a 8ª posição em capital humano, apoiado por bons indicadores de qualificação profissional e presença de universidades.

Na preservação ambiental, o Amazonas figura em 6º lugar, graças à manutenção da floresta e à baixa pressão sobre áreas protegidas.

A Zona Franca de Manaus mantém relevância na inovação e no desenvolvimento industrial, embora não esteja entre os líderes nessa área.

Logística está no topo dos pontos críticos

Os desafios, no entanto, são expressivos. A infraestrutura é o ponto mais crítico: o Amazonas aparece na última posição, 27º lugar, impactado por rodovias em condições precárias e dificuldades logísticas que comprometem o transporte intermunicipal e interestadual.

A sustentabilidade social preocupa, com alta pobreza, acesso limitado a saneamento básico e desigualdade, refletindo na 20ª colocação.

A educação também enfrenta fragilidades, ocupando o 24º lugar, afetada pelo baixo desempenho no IDEB e pelas dificuldades de acesso a ensino de qualidade, especialmente nas áreas mais isoladas.

Em desempenho fiscal e gestão pública, o estado apresenta resultados intermediários, em 14º lugar, com forte dependência de repasses federais.

Outros indicadores socioeconômicos mostram um PIB de R$ 129 bilhões em 2024, equivalente a 1,4% do total nacional, população estimada em 4,3 milhões de habitantes e taxa de desemprego de 11,8%, acima da média brasileira. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,707, classificado como médio, mas inferior à média nacional.

Cenário Nacional

Enquanto isso, outros estados registraram movimentos opostos no ranking. O Rio Grande do Norte subiu oito posições, alcançando a 16ª colocação, impulsionado por melhorias na segurança pública. Sergipe avançou seis posições, ficando em 12º, com destaque para infraestrutura e segurança.

No topo, São Paulo segue líder, mas Santa Catarina aproxima-se com diferença mínima de 0,4 ponto, a menor da história entre os dois.

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