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Municípios amazonenses terão usinas solares para reduzir uso de diesel

Cidades de Tefé, Tabatinga e Benjamin Constant no Amazonas serão beneficiadas com a instalação de usinas solares fotovoltaicas e sistemas de armazenamento em baterias.

Elas foram incluídas entre os 14 projetos aprovados pelo MME (Ministério de Minas e Energia) para reduzir os custos de energia na Amazônia Legal.

Os projetos foram publicados no DOU (Diário Oficial da União) com a Resolução nº 30, de 29 de agosto de 2025 sobre a nova carteira de projetos do Chamamento Público nº 1/2024 coordenada pelo CGPAL (Comitê Gestor do Pró-Amazônia Legal).

Propostas de quatro empresas foram aprovadas. Os investimentos totais estimados são de R$ 829 milhões, sendo R$ 510 milhões do governo federal via programa Energias da Amazônia — R$ 138 milhões acima do previsto inicialmente — e o restante vindo de contrapartidas das empresas executoras.

As usinas solares devem atender 652 mil pessoas em 36 localidades, promovendo maior segurança energética, sustentabilidade e redução do consumo de diesel. A expectativa é economizar 270 milhões de litros de diesel e reduzir a emissão de 800 mil toneladas de CO₂ na atmosfera.

Do total de recursos, 90% serão aplicados na instalação de usinas solares e sistemas de armazenamento em baterias, incluindo localidades do Amazonas e de Roraima, como Santa Maria do Boiaçu e Vila Caicubi. Outros R$ 11,7 milhões serão destinados especificamente a essas localidades em Roraima.

O restante dos recursos será usado em modernização da iluminação pública, incluindo municípios como Oiapoque–AP, com substituição de lâmpadas e capacitação de técnicos locais.

Os projetos aprovados foram apresentados pelas empresas Eletrobras, Aggreko, Oliveira Energia e Roraima Energia, que executarão os empreendimentos em parceria com a Eletrobras. Entre as soluções, está a hibridização de usinas térmicas com energia solar, que aumenta a eficiência da geração e reduz os custos de operação.

Para o presidente do CGPAL (Comitê Gestor do Pró-Amazônia Legal) e secretário Nacional de Transição Energética do MME, Gustavo Cerqueira Ataide, os projetos representam um passo importante para ampliar o uso de fontes limpas e reduzir a dependência do diesel:

“Estamos dando um passo importante para diminuir a dependência do diesel e ampliar o uso de fontes limpas nas usinas em operação, ao mesmo tempo, em que reduzimos a Conta de Consumo de Combustíveis e levamos energia mais estável e sustentável para a população amazônica”, disse.

A gestão dos recursos ficará a cargo da CDAL (Conta de Desenvolvimento da Amazônia Legal). O MME e a Eletrobras acompanharão a implementação das propostas e avaliarão novas soluções para sistemas isolados, além de avançar nos projetos de navegabilidade dos rios Madeira e Tocantins ampliando a integração energética e logística na região.

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