O Banco Central (BC) determinou que os juros aplicados ao cheque especial, hoje em torno de 12% ao mês, não poderão ultrapassar 8%, em decisão anunciada nesta quarta-feira, após reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), do qual o BC faz parte. A medida passa a valer no dia 6 de janeiro de 2020.
Com a mudança, o Banco Central espera que a taxa do cheque especial caia pela metade, para cerca de 150% ao ano. Dados de outubro do próprio BC indicam que os juros dessa linha estão em cerca de 306% ao ano.
Segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, a medida ajuda a tornar esse produto financeiro, hoje o mais caro do país, menos “regressivo”, isto é, com maior impacto sobre clientes mais pobres, que ganham até dois salários mínimos e têm um nível mais baixo de educação financeira.