No Amazonas, hidrovia beneficiada com permissão de gestão à iniciativa privada é a do Rio Madeira

O deputado federal Pauderney Avelino (União-AM) se reuniu com técnicos da Antaq – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, para conhecer detalhes do decreto presidencial 12.600/25, que incluiu a Hidrovia do Rio Madeira, que liga Porto Velho (RO) a Itacoatiara (AM) no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Publicado na última semana no Diário Oficial da União, o documento oficializa a intenção de transferir a gestão do trecho para a iniciativa privada. “Vamos procurar o Ministério de Portos e Aeroportos para saber se o projeto de concessão do Madeira irá à frente ou não. Sendo vantajoso para o Amazonas vamos defender”, diz Pauderney.
A expectativa é de que a gestão privada torne a hidrovia mais segura, com menor custo para o transporte de cargas, e possibilite a recuperação de quatro portos do Madeira, hoje inoperantes, sem custo para embarcações pequenas, de passageiros e pescadores.
“O Rio Madeira tem problemas de navegação em partes do ano e seria objeto de sinalização e de dragagem. Em princípio, como haverá cobrança apenas para grandes embarcações de cargas, vejo que há benefícios à população”, afirmou Pauderney Avelino.
A Hidrovia do Rio Madeira possui uma extensão de 1.075 km e funciona como uma rota para o escoamento de grãos dos estados de Mato Grosso e Rondônia para o mercado internacional.
Além do Rio Madeira, o decreto também incluiu no PND as hidrovias dos rios Tocantins e Tapajós. Com isso, o programa passa a abranger mais de 3 mil quilômetros de vias navegáveis que, futuramente, poderão ser concedidas à iniciativa privada.