
O jornalista e blogueiro Alex Braga está sendo acusado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) de uso de documento falso e fraude processual durante um processo por estupro que corre no 3º Tribunal do Júri de Manaus.
Segundo a PC-AM, Braga teria apresentado um atestado médico falso para não comparecer a uma audiência realizada no dia 29 de julho deste ano. O inquérito foi aberto no último dia 9 de setembro, no 16º Distrito Integrado de Polícia (DIP), sob responsabilidade da delegada Deborah da Fonseca Barreiros.
O caso chegou à polícia por meio de um boletim de ocorrência vinculado ao processo em que Braga já responde por estupro e aborto forçado. O documento médico ainda foi enviado para análise da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que constatou várias irregularidades:
- O médico citado no atestado, Marcelo Francisco Tiburi, não faz parte do quadro de profissionais da rede municipal.
- Não há registro de atendimento a Alex Braga na data informada.
- Numeração, modelo, carimbo e assinatura não batem com os padrões oficiais.
Além disso, o próprio médico foi ouvido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ele afirmou que nunca trabalhou no Amazonas, não possui registro ativo no estado e não conhece Alex Braga.
Acusações de estupro
Alex Braga havia sido denunciado pelo crime de estupro ocorridos em março de 2023. Segundo a vítima, que trabalhava como babá do filho dele, Braga teria a ameaçado com uma arma e a estuprado dentro de casa, quando ajudava a esposa dele no pós-parto.
Em outubro daquele ano, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do jornalista. Em novembro, ele chegou a ser preso temporariamente, acusado de estupro, coerção de aborto, violência psicológica, ameaça e perseguição contra a prima da ex-esposa.
Braga passou por audiência de custódia no Fórum Henoch Reis e chegou a ser levado para o sistema prisional, mas foi solto dias depois.