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Amazônia brasileira emite mais carbono que 186 países-membros da ONU

Por conta do desmatamento e da expansão da agropecuária, a Amazônia emite mais gases de efeito estufa do que quase todos os países que estarão na COP30

Por Carolina Dantas, Carolina Passos e Renata Hirota 

No ranking dos maiores emissores de carbono do planeta, a Amazônia brasileira, apesar de não ser um país, só perde para sete potências. São nações historicamente mais responsáveis pelos gases do efeito estufa: China, Estados Unidos, Índia, Rússia, Indonésia, Irã e Japão.

Entre os 193 países-membros, a grande maioria (186) dos participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) terá um peso menor no aquecimento global do que a parte brasileira da floresta amazônica. 

Essa relevância em relação ao problema não está ligada à quantidade de pessoas que vivem na Amazônia: menos de 20% da população do Brasil está na região. Não são os carros, nem o lixo, nem a produção de eletricidade os principais responsáveis pela liberação de carbono no país — apesar de eles também terem a sua parcela de responsabilidade, mas em menor proporção. O bioma Amazônia, além de ser imenso — representa quase metade do território do Brasil (49%).

Os principais responsáveis pelas emissões de carbono são as mudanças de uso do solo — o desmatamento — e a agropecuária, com a fermentação etérica, manejo do solo, entre outros. Assim, um bioma que não é um país em sua essência ganha a importância de uma nação quando o assunto é clima.

A Amazônia emite mais que Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Bélgica, Suíça e Países Baixos juntos. Mais do que toda a Oceania. Mais do que a soma das emissões da Argentina, Chile, Paraguai, Equador, Peru e Bolívia — sendo que os últimos três também têm a sua porção de floresta. 

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