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Amazonas fica abaixo da média nacional de matrículas no ensino superior

Além disso, apenas 3% dos jovens amazonenses concluem o ensino médio com aprendizagem adequada, Anuário da Educação Básica 2024.

Dados é do Anuário da Educação Básica 2024 elaborado pelo movimento Todos Pela Educação em parceria com a Fundação Santillana e a Editora Moderna – divulgados nesta quinta-feira (25) revelam que de cada 100 crianças no Amazonas, apenas 68 chegam ao fim do ensino médio aos 19 anos e só 3% delas alcançam aprendizagem considerada adequada em língua portuguesa e matemática.

O levantamento reúne informações sobre matrículas, infraestrutura, professores e tecnologia. Os resultados mostram que, apesar dos avanços na expansão do ensino, a qualidade da aprendizagem ainda enfrenta desafios.

No estado, o ensino médio é ofertado majoritariamente pela rede estadual (91,6%), seguido pelas instituições federais (3,3%) e por escolas privadas (5,1%).

De cada 100 crianças que iniciam a trajetória escolar:

  • 85 ingressam na pré-escola;
  • 88 concluem os anos iniciais do ensino fundamental aos 12 anos, mas só 33,3% aprendem o esperado em português e matemática;
  • 84 concluem os anos finais do fundamental aos 16 anos, com apenas 12,2% de aprendizagem adequada;
  • 68 concluem o ensino médio aos 19 anos, e apenas 3% dominam os conteúdos básicos.

O estado conta com 5.519 escolas em funcionamento. Dessas, 79,1% são municipais, 13,7% estaduais, 6,9% privadas e 0,3% federais.

Destacam-se índices muito baixos em serviços básicos nos estabelecimentos de ensino, por exemplo, apenas 11,8% das escolas têm esgoto conectado à rede pública.

Confira a cobertura de infraestrutura básica das escolas:

  • 83,6% possuem banheiro;
  • 92,5% têm água potável;
  • só 11,8% estão ligadas à rede pública de esgoto;
  • 71,2% contam com energia elétrica regular;
  • 71,6% das salas são climatizadas.

Também chama atenção a escassez de laboratórios ou salas de leitura. No ensino fundamental, apenas 17,2% das escolas oferecem laboratório de informática e 6,8% contam com laboratório de ciências. Já no ensino médio, os índices melhoram, mas seguem baixos: 57,5% têm laboratório de informática, 43,4% de ciências e 56,8% quadra de esportes.

“A ausência de infraestrutura básica, além de ser uma questão de dignidade, está diretamente ligada às condições de aprendizagem dos estudantes. Já houve muitos avanços no país, mas há regiões em que a situação permanece crítica.

No caso do Norte, por exemplo, esses fatores são ainda mais complexos, e é fundamental que as políticas levem em consideração o Fator Amazônico, ou seja, os custos logísticos e operacionais adicionais que a região impõe”, afirmou Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação.

Fonte: G1

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