
Em 2024, moradores de domicílios no Amazonas realizaram 203 mil viagens nacionais. A maioria, 51 mil, foi para tratamento de saúde ou consultas médicas.
Os viajantes do estado são destaques também pelo tempo de permanência: ficam em 2º lugar em número de pernoites, com média de 13,8 noites, atrás apenas dos habitantes do Piauí (14,8 pernoites). Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (2).
Em relação às 20,5 milhões de viagens em todo o país, o Amazonas representou 0,99% do total nacional e 15,14% das viagens da Região Norte (1,3 milhão).
Entre as Unidades da Federação, o Amazonas ocupa a 21ª posição em número de viagens, atrás de São Paulo (5,05 milhões), Minas Gerais (2,4 milhões) e Bahia (1,8 milhão). Os estados com menos deslocamentos foram Amapá (22 mil), Acre (27 mil) e Roraima (36 mil).
A frequência de domicílios com moradores viajantes no Amazonas apresentou recuperação após os impactos da pandemia: caiu de 9,7% em 2020 para 7,8% em 2021 e subiu para 12,7% em 2024.
No total, 1,07 milhão de domicílios não registraram viagens, principalmente por falta de dinheiro (392 mil), por não haver necessidade (307 mil) ou por não ser prioridade (142 mil). Outras razões incluem falta de tempo (122 mil), ausência de interesse (86 mil), problemas de saúde (17 mil) e outros motivos (8 mil).
Finalidade
A maior parte das viagens teve finalidade pessoal (168 mil), enquanto apenas 35 mil foram motivadas por razões profissionais. Além do tratamento de saúde, outros motivos pessoais foram lazer (40 mil viagens) e outros objetivos (41 mil). Como destino de viajantes, o Amazonas ficou na 22ª posição entre os motivos pessoais.
Entre os moradores que viajaram, o avião foi utilizado por 42 mil. O carro particular ou de empresa foi o meio de transporte para 26 mil. Ônibus de linha (16 mil), ônibus fretado ou de excursão (9 mil), van ou perueiro (3 mil) e motocicleta (1 mil).
Em relação à hospedagem, casas de amigos ou parentes foram o principal destino (121 mil viagens), seguidas por hotéis ou resorts (27 mil), imóveis próprios (16 mil), outros locais (29 mil), pousadas (5 mil) e imóveis por temporada ou Airbnb (4 mil).
O gasto médio das viagens dos moradores do Amazonas foi de R$ 1.534,00 posicionando o estado na 16ª colocação nacional. Para visitantes que viajaram para o Amazonas, o gasto médio foi maior, de R$ 1.616.
Considerando viagens com pernoite, moradores com renda de 4 ou mais salários-mínimos gastaram R$ 3.538, enquanto os de menor renda (menos de meio salário-mínimo) gastaram R$ 783. O gasto per capita diário médio foi de R$ 225, ficando o estado na 18ª posição nacional.
O total de gastos com viagens nacionais com pernoite foi de R$ 247,8 milhões, ocupando a 21ª posição entre as UFs.
Apesar de realizar menos viagens que estados maiores, o Amazonas se destaca pelo tempo de permanência elevado nas viagens. Para o IBGE, essa condição mostra a importância do turismo e dos deslocamentos de longa duração para o estado.