Durante missa em Manaus, dom Leonardo Steiner informou que entregou carta de renúncia ao Papa Leão XIV após completar 75 anos, como prevê o Direito Canônico.

O cardeal da Amazônia e arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, anunciou durante missa neste domingo (9) que entregou sua carta de renúncia ao Papa Leão XIV, após completar 75 anos de idade, como determina o Código de Direito Canônico.
Steiner completou 75 anos na última quinta-feira (6). De acordo com as normas da Igreja Católica, bispos que atingem essa idade devem encaminhar ao Papa o pedido de renúncia ao governo da diocese.
A decisão sobre a saída, porém, não é imediata. Cabe ao pontífice definir se aceita o pedido ou se solicita que o bispo permaneça no cargo por mais um período.
Eu apresentei a carta ao Papa, como é de obrigação. Agora, vamos aguardar e ver o que vem Mas quero dizer que sou muito grato a Deus por esse período à frente da arquidiocese e pela colaboração de cada um de vocês”, disse o arcebispo.
Leonardo Steiner está à frente da Arquidiocese de Manaus desde novembro de 2019, quando assumiu a função após a renúncia de Dom Sérgio Castriani por motivos de saúde. Desde então, ele conduz os trabalhos pastorais na capital e tem participação ativa em temas relacionados à Igreja na Amazônia. Agora, a arquidiocese aguarda a decisão do Papa sobre a permanência ou substituição do arcebispo.
Nascido em Forquilhinha (SC) em 6 de novembro de 1950, Dom Leonardo Ulrich Steiner é, desde 2022, o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Destacou-se nacional e internacionalmente por sua atuação pastoral, pelo diálogo inter-religioso e pela defesa das comunidades tradicionais da floresta amazônica.
Em maio, Dom Leonardo participou do conclave realizado no Vaticano que escolheu o atual Papa Leão XIV, sendo parte de um momento histórico para a Igreja Católica.
Ao longo de sua trajetória, também foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília. Sua nomeação como cardeal pelo Papa Francisco foi vista como um reconhecimento à importância da Amazônia nos debates globais sobre justiça social, meio ambiente e espiritualidade.


