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Dezembro Laranja: combate ao câncer de pele, SES-AM intensificação ações

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o Amazonas deve registrar ao menos 4,3 mil novos casos de câncer de pele não melanoma (o mais comum), entre 2023 e 2025.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) está intensificando as cirurgias dermatológicas na Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), com a realização de mutirões nos fins de semana.

A intensificação, que faz parte do Mutirão Opera + Amazonas, deve se estender por mais dois domingos consecutivos e um sábado, como ação importante dentro do Dezembro Laranja, mês de combate ao câncer de pele.

De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, o objetivo é reduzir a espera de pacientes que aguardam por esses procedimentos, com a ampliação das cirurgias para além da rotina da unidade. No Amazonas haverá também intensificação de cirurgias e consultas, no período.

Serão mais dois domingos seguidos e um sábado de intensificação de cirurgias – nos dias 7, 14 e 20 – para pacientes que já tiveram diagnóstico concluído. Todos estão sendo contatados pela equipe do Centro Cirúrgico da Fuham para as orientações pré-operatórias.

Atendimento ambulatorial

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no Amazonas, também vai realizar ação em apoio. No dia 13 de dezembro, a partir das 8h, a SBD, em parceria com a Fuham, vai realizar um dia de atendimento ambulatorial para pessoas que apresentam algum tipo de sinal visível de câncer de pele. Essas pessoas passarão por exames dermatológicos preventivos. Mais informações sobre a ação da SBS podem ser obtidas no endereço https://sbd.org.br/dezembrolaranja/.

Câncer de pele no Brasil

O Brasil registra, anualmente, cerca de 220 mil novos casos de câncer de pele não-melanoma e 8.980 de melanoma. O câncer de pele é o tipo mais comum no país, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados, com a maioria dos casos relacionada à exposição solar.

Orientação

Durante o verão amazônico, caracterizado por altas temperaturas e intensa incidência solar, cresce a necessidade de reforço às medidas de proteção contra os raios UV, essenciais para prevenir o câncer de pele e outros danos dermatológicos.

Nesse contexto, Arthur Emídio, o supervisor farmacêutico da rede Santo Remédio, ressalta a importância do acompanhamento profissional na escolha do protetor adequado. Segundo o profissional, o protetor solar na versão ‘loção’ é considerado o mais comum no Brasil. 

Outra opção é o protetor solar em spray, considerado mais prático e rápido de usar. “É ideal para reaplicações ao longo do dia, especialmente quando se está na praia ou na piscina. No entanto, é preciso ter cuidado para não deixar áreas sem proteção, pois o spray pode ser mais difícil de visualizar durante a aplicação”, diz.

Já o protetor solar em barra costumava ser uma opção incomum, mas o produto passou a ganhar popularidade após viralizar nas redes sociais. De acordo com a dermoconsultora Carlane Caldas, esse formato é indicado para regiões mais sensíveis, como o rosto, especialmente ao redor dos olhos, nariz e boca. “Nessas áreas, muitas vezes a loção pode escorrer com o suor. Ele também é uma excelente opção para atletas, pois oferece maior resistência à água e ao suor”, pontua.

Fatores

Além do formato, outro ponto importante a ser considerado é o nível de proteção oferecido pelo produto, medido pelo Fator de Proteção Solar (FPS). A dermoconsultora alerta sobre a escolha correta de acordo com o tipo de pele e a intensidade da exposição ao sol.

“Peles mais claras, que têm tendência a queimar com facilidade, devem optar por protetores com FPS 50 ou mais. Já peles mais escuras, que têm uma maior proteção natural contra os raios UV, podem usar FPS 30, mas nunca menos do que isso, pois todos estão sujeitos aos danos causados pela radiação solar”, diz ela.

Uma dica extra é ter atenção também à periodicidade do uso. Se a exposição ao sol for longa, não basta passar apenas uma vez. Outro erro comum é já aplicar o produto quando está em contato com os raios solares.

Conforme o Ministério da Saúde, a principal causa do câncer de pele é a exposição excessiva ao sol. Para prevenção, além do uso de protetor, recomenda-se evitar o sol entre 10h e 16h, usar roupas que cubram bem o corpo, chapéus e óculos de sol, além de realizar consultas regulares para identificar sinais suspeitos. A detecção precoce é essencial para o tratamento eficaz.

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