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Píer e barcos no Centro de Manaus; estrutura irá atender 4 mil visitantes por dia 

Novo porto para passageiros de Manaus vai custar R$ 916 milhões para a União e a receita indireta gerada pelo turismo deve movimentar R$ 8,3 milhões na economia estadual só durante cruzeiros.

Manaus vai ganhar um novo porto para embarque e desembarque de passageiros e cargas. O governo federal planeja investir R$ 916 milhões na construção de novos píeres, berços de apoio, flutuantes, pontes de acesso e terminais na capital do Amazonas, que já possui o porto fluvial mais movimentado do mundo.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) abriu uma concorrência e já recebeu propostas para a elaboração do projeto básico e executivo da obra.

O órgão espera definir a empresa responsável pelas tarefas ainda em dezembro. O prazo para entrega dos projetos é de seis meses. Depois disso, começam as obras, cuja execução deve durar dois anos.

O novo porto deve ocupar cerca de 38 mil m2 e terá duas estruturas principais: uma em frente à Feira da Manaus Moderna e outra em frente à Feira da Banana, dois barracões de comércio popular localizados na região central. A estrutura está sendo projetada para receber embarcações de mais de 80 metros de comprimento. Já o terminal de passageiros terá capacidade para atender até 4 mil visitantes por dia.

Também estão previstos um edifício de fiscalização e controle, uma subestação elétrica, guaritas, áreas de convivência, playground e estacionamento para mais de 200 veículos com cobertura equipada com placas fotovoltaicas.

O projeto prevê ainda uma estação de tratamento de esgoto para controle da poluição e manejo dos resíduos que o porto deve gerar, já com estudos viabilidade autorizados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

De acordo com o Dnit, o novo porto será estratégico para o abastecimento de Manaus, a integração regional e o turismo na Amazônia.

“O novo porto da Manaus Moderna terá um impacto logístico e econômico significativo para a região Norte”, prevê o órgão. ”A nova estrutura vai aprimorar e tornar mais eficiente o transporte hidroviário, facilitar o fluxo de mercadorias e o deslocamento de passageiros, reduzir custos logísticos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.”

Novo porto terá cerca de 38 mil m2 e duas estruturas principais, em frente à Feira da Manaus Moderna e à Feira da Banana

O vice-prefeito e secretário de Obras da cidade, Renato Junior, já disse que o atual porto opera em “condições desumanas” e que o novo trará “dignidade” a seus usuários. As embarcações que atracam em Manaus vindas de outros municípios trazem, além de passageiros, mercadorias que abastecem o comércio da cidade. Nos píeres atuais, é comum passageiros dividirem espaço com estivadores carregando cargas, inclusive nas escadarias que dão acesso às plataformas.

Só nesta temporada de férias, seis navios de cruzeiro vão atracar na cidade, trazendo 4 mil passageiros e 2,3 mil tripulantes. A Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) estima que US$ 260 mil (cerca de R$ 1,4 milhão), sejam gastos pelos visitantes no Estado. A receita indireta gerada pelo turismo deve alcançar R$ 6,9 milhões, totalizando movimentação prevista de R$ 8,3 milhões na economia estadual.

Quase 590 mil pessoas utilizaram, no ano passado, o transporte hidroviário intermunicipal saindo de capital, segundo contagem da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Amazonas (Arsepam) nos postos de fiscalização da autarquia estadual.

O Porto de Manaus, no centro da cidade, foi o segundo que mais movimentou esse tipo de passageiros: 214 mil pessoas, ou seja, 36% do total.

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