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Trabalhadores da Petrobras em Urucu, no AM, aderem greve nacional

Trabalhadores do Complexo de Produção de Petróleo e Gás da Petrobras, na região de Urucu, no interior do Amazonas, aderiram à greve nacional dos petroleiros nesta segunda-feira (15). A categoria reivindica melhorias salariais e nas condições de trabalho. A estatal afirma que vai aplicar medidas de contingência.

A paralisação foi confirmada pelo diretor do Sindipetro Amazônia, Bruno Terribas, que representa os trabalhadores da província petrolífera de Urucu, localizada no município de Coari, a cerca de 370 km de distância de Manaus, além de outras unidades da Amazônia Legal.

O movimento grevista começou oficialmente pela manhã, com a troca de turno, mas já envolvia os colaboradores do período noturno de domingo. Com exceção dos funcionários ligados à chefia, Terribas afirmou que houve adesão da maioria dos trabalhadores.

“O pessoal da manutenção, operação e de outros setores aderiu ao movimento e vai desembarcar hoje à tarde no aeroporto de Manaus”, comentou.

A greve faz parte de um movimento nacional motivado pela falta de acordo entre a categoria e a Petrobras. Entre as principais reivindicações da Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão o fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, aprimoramentos no plano de cargos e salários, sem reajuste fiscal, e o barramento do avanço de parcerias e terceirizações.

No caso do Sindipetro Amazônia, as demandas são as mesmas defendidas pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que representa cerca de 80% da produção de petróleo do país, incluindo adicional de permanência na Amazônia Legal, fim da escala 6×1 para terceirizados, com equiparação ao modelo dos concursados (14×21), e ajuste salarial.

Terribas destacou que o movimento não se limita à busca por melhorias, mas também pretende barrar mudanças propostas pela estatal que, segundo o sindicato, precarizam as relações de trabalho e geram prejuízos à categoria, como o repasse de custos administrativos aos trabalhadores e a suspensão de folgas.

“A gente enxerga que há ataques nas propostas da Petrobras. Não é só avançar nas reivindicações, mas também barrar esses ataques”, afirmou.

A Petrobras se manifestou sobre a adesão ao movimento grevista em todo o país e informou que respeita o direito à greve e mantém um canal de negociação com os trabalhadores. A estatal afirmou ainda que adotou medidas de contingência e que a paralisação não deve impactar a produção de petróleo e derivados.

Nota da Petrobras na íntegra:

A Petrobras informa que foram registradas manifestações em unidades da companhia em virtude de movimento grevista. A empresa afirma que não há impacto na produção de petróleo e derivados. Foram adotadas medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações, e o abastecimento ao mercado está garantido.

A Petrobras respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas.

A companhia está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o final de agosto deste ano. Na última terça-feira (09/12), apresentou sua mais recente proposta, que contempla avanços em relação aos principais pleitos sindicais. A Petrobras segue empenhada em concluir a negociação na mesa de diálogo com as entidades sindicais.

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