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Hidrovias na Amazônia se consolidam como pilares de logística sustentável

Levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos aponta que transporte fluvial é 78% mais eficiente que o rodoviário e recebe R$ 2,7 bilhões em investimentos para renovação da frota.

O transporte fluvial na região Amazônica firmou-se como uma das alternativas mais limpas e estratégicas para a matriz logística do Brasil. Em um cenário global que exige a redução urgente da pegada de carbono, as hidrovias do Arco Norte apresentam-se como um diferencial competitivo, combinando alta eficiência energética com preservação ambiental.

Dados recentes da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação (SNHN), vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), revelam a superioridade deste modal: a eficiência energética das barcaças é 78% maior que a do transporte rodoviário e supera em mais de 30% a do modal ferroviário.

Além do benefício ecológico, o impacto financeiro é expressivo, com o transporte hidroviário chegando a ser até 50% mais econômico em longas distâncias.

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o investimento no setor reflete um compromisso duplo com a competitividade e o meio ambiente. “Quando integramos os rios ao transporte de carga, estamos criando uma logística mais inteligente, que reduz custos para o produtor e equilibra nossa matriz de transportes”, afirmou o ministro.

Para sustentar esse crescimento, o governo federal, por meio do Fundo da Marinha Mercante (FMM), impulsiona projetos que somam R$ 2,7 bilhões na região Norte.

Deste total, R$ 2,17 bilhões são destinados ao Pará e R$ 510,9 milhões ao Amazonas, fomentando a construção de novas embarcações em estaleiros locais e gerando emprego e renda na região.

Segundo Otto Burlier, secretário nacional de Hidrovias e Navegação, essa modernização consolida um modal que é “barato para quem produz e seguro para o meio ambiente”.

A estratégia de integração modal também beneficia a biodiversidade. Ao concentrar grandes volumes de carga nos rios, reduz-se o tráfego pesado em rodovias que atravessam biomas sensíveis como o Pantanal e o Cerrado, diminuindo os riscos à fauna silvestre.

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