Nas festas de Natal e Réveillon, a ceia ocupa lugar central — e o vinho tem papel decisivo nessa experiência. Mais do que acompanhar os pratos, a bebida certa ajuda a realçar sabores, equilibrar aromas e tornar o momento à mesa ainda mais marcante. Entre receitas tradicionais, preparos regionais e sobremesas clássicas, algumas harmonizações fazem toda a diferença.
No Pátio Gourmet, a curadoria de rótulos leva em conta exatamente essa diversidade. De acordo com o sommelier Alexsander de Oliveira, consultor da rede, os espumantes continuam sendo os grandes aliados das celebrações de fim de ano.
“A principal bebida das festas sempre foi a de celebração. E, nesse período, champagne e espumantes seguem imbatíveis”, afirma. Versáteis, eles acompanham bem, desde o brinde inicial até o encerramento da ceia.
Quando o cardápio traz peru ou chester, a orientação é optar por tintos leves, capazes de acompanhar as aves sem interferir no sabor. Vinhos elaborados com a uva Pinot Noir cumprem bem esse papel, unindo frescor e elegância. Entre os rótulos indicados estão Santa Ema, Loma Negra Reserva Pinot Noir e Casa del Bosque, opções equilibradas e fáceis de agradar.
O bacalhau, presença frequente nas mesas de fim de ano, exige atenção ao modo de preparo.
Versões assadas ou grelhadas aceitam bem tintos leves, enquanto receitas cozidas no vapor, com legumes, pedem vinhos mais frescos e aromáticos. Nesse caso, entram em cena o vinho verde ou Sauvignon Blanc, de preferência do produtor Juan Carrau, conhecido pelo perfil leve, frutado e refrescante.
Para pratos como tender, pernil e outras carnes suínas, a escolha mais segura recai sobre a Merlot. A uva dá origem a vinhos de médio corpo, macios e frutados, ideais para assados mais intensos. No Pátio Gourmet, rótulos como Santa Ema Reserva e Santa Ema Gran Reserva se destacam entre as boas opções.
A mesa regional também encontra espaço na harmonização. Peixes amazônicos, como pirarucu e tambaqui, combinam com vinhos brancos, rosés e laranjas. Os vinhos laranja, elaborados com contato prolongado com as cascas, têm ganhado cada vez mais atenção e harmonizam especialmente bem com peixes assados. Entre os rótulos indicados estão Juan Carrau Chardonnay, Sottano Torrontés e Maria Bonita Loureiro, além dos rosés Casal Mendes, Santa Ema e Rio Andino.
Quando a ceia reúne muitos pratos e sabores distintos — arroz, farofas, saladas e diferentes preparos —, o espumante rosé aparece como a alternativa mais versátil. “Em mesas muito diversas, o espumante rosé costuma funcionar melhor do que qualquer outra opção”, observa o sommelier.
Para o momento das sobremesas, como panetone e rabanada, a sugestão são os espumantes moscatéis, que se destacam pela doçura equilibrada, aromas intensos e leveza. Entre os rótulos nacionais, Salton e Casa Perini oferecem boas opções tanto de moscatel quanto de demi-sec, ideais para encerrar a ceia.
A escolha entre brut, demi-sec ou moscatel depende do perfil de quem vai beber. O brut agrada quem prefere vinhos secos; o demi-sec faz a transição entre o seco e o doce; e o moscatel costuma ser a porta de entrada para quem está começando a explorar o universo dos vinhos.
Segundo Alexsander, outro ponto importante é desmistificar a ideia de que qualidade está sempre associada a preços elevados. “Hoje, é possível encontrar excelentes vinhos com ótima relação custo-benefício, principalmente entre rótulos chilenos, argentinos e brasileiros”, ressalta. No Pátio Gourmet, ele destaca a Bodega Sottano, da Argentina, e a linha Pérez Cruz Limited Edition, do Chile. Entre os nacionais, ele indica o vinho de marca própria da casa, o Essência de Pátio.
Para quem busca rótulos de importação própria com preços competitivos, a indicação são os portugueses da linha Azul Portugal, com vinhos provenientes de regiões tradicionais como Porto, Douro e Alentejo.
E, para quem prefere não arriscar e ainda assim acertar na escolha, a recomendação final do sommelier é direta: Merlot. “É uma uva muito versátil, com vinhos equilibrados, frutados e de médio corpo. Funciona bem em grande parte das situações”, conclui.
