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CPI:senador amazonense favorável a investigar contratos da família de Moraes

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse com exclusividade ao Portal Norte, nesta quarta-feira (24), que vai assinar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como objetivo investigar contratos do escritório de advocacia da família do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) com o Banco Master.

A coleta de assinaturas para a instalação da CPI foi anunciada pelo senador Alessandro Vieira (MDB-RS) e deve acontecer depois do recesso parlamentar no ano que vem. O parlamentar disse que o colegiado vai apurar o acordo estimado em R$ 129 milhões que, para ele, está fora dos padrões da advocacia.

Plínio Valério apoiou a medida e disse que é dever do Senado fiscalizar o Judiciário.

“Assim que o Alessandro apresentar o pedido, eu assino na hora. Eu assino todo e qualquer pedido de CPI e não seria diferente com o ministro Alexandre de Moraes. É isso o que a gente pode fazer como senador e isso é gratificante”, afirmou o senador Plínio.

O caso

Há denúncias de possível atuação direta do ministro em favor da instituição financeira, o que, se confirmado, seria incompatível com o exercício da função no STF. As informações foram divulgadas inicialmente pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, teria sido contratado para atuar em defesa dos interesses do Banco Master junto ao Banco Central, à Receita Federal e ao Congresso Nacional, com pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões por três anos, num total de R$ 129 milhões.

A denúncia também aponta que Alexandre de Moraes teria feito contatos com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar da aprovação da compra do Banco Master pelo BRB. O ministro, porém, afirma que toda a tratativa com Galípolo foi realizada para discutir sobre os impactos de sanções do governo dos Estados Unidos.

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