A tradicional Corrida Internacional de São Silvestre, realizada anualmente em 31 de dezembro, chega à sua 100ª edição em 2025. Apesar do marco histórico, o Brasil acumula um jejum de 15 anos sem vencer a prova no masculino. O último triunfo foi de Marilson Gomes dos Santos, em 2010. No feminino, a vitória mais recente de uma brasileira ocorreu em 2006, com Lucélia Peres.
O título de 2010 foi o terceiro da carreira de Marilson, que segue como o único tricampeão brasileiro da São Silvestre. Natural de Ceilândia, no Distrito Federal, o fundista também venceu as edições de 2003 e 2005, já na fase internacionalizada da prova, iniciada em 1995. Um dos maiores nomes do atletismo nacional, Marilson foi bicampeão da Maratona de Nova York (2006 e 2008) e, na última segunda-feira (29), foi incluído no Hall da Fama da São Silvestre.
Entre as mulheres, a última vitória brasileira foi conquistada por Lucélia Peres, em 2006, aos 25 anos. Natural de Paracatu (MG), ela alcançou o título após terminar a prova em segundo lugar em 2004 e em quarto em 2005, passando a integrar a lista de campeãs brasileiras ao lado de nomes como Carmem de Oliveira, Roseli Machado, Maria Zeferina e Marizete de Paula.
Edição centenária deve bater recorde de participantes
Criada em 1924, a São Silvestre completa 100 edições em 2025. A celebração ocorre um ano depois do centenário histórico devido ao cancelamento da prova em 2020, em razão da pandemia de covid-19. Retomada em 2021, a corrida deve alcançar, nesta edição, o maior número de participantes da história.
Ao todo, 55 mil atletas de 44 países estão inscritos para a prova, que mantém largada e chegada na Avenida Paulista e percurso de 15 quilômetros por regiões centrais e pontos históricos de São Paulo. O recorde anterior havia sido registrado em 2024, com 37,5 mil participantes.
Todos os inscritos receberão uma medalha comemorativa da edição centenária. Com 100 gramas, o item é banhado em ouro velho e traz elementos que remetem à região central da capital paulista.
