Os recursos serão utilizados na ampliação, aprimoramento e continuidade das iniciativas, contribuindo para a promoção do desenvolvimento sustentável na região.

O fundador e CEO, Alessandro Dinelli, a diretora Comercial, Carol Dinelli e Cíntia Gontijo. Foto: divulgação
Uma das empresas amazonenses agraciadas com R$ 100 mil em recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) foi a Descarte Correto, que atualmente está em 15 comunidades no Amazonas e em Boa vista (RR) com projetos que levam inclusão digital, qualificação profissional, educação ambiental e desenvolve uma rede de pontos de coleta do resíduo eletrônico em diversas regiões desses estados.
Com o recurso, a empresa pretende aumentar as unidades chamadas “Interativo”, de forma a construir uma rede ainda maior de impacto sócio-ambiental na Amazônia. o PNUD no Brasil selecionou 12 projetos nos estados do Amazonas e do Piauí para receberem R$ 100 mil cada um.
“É uma grande felicidade ser contemplado com este edital, para aumentar o impacto sócio-ambiental”, contribuindo para o nosso propósito de transformar a relação com lixo eletrônico no Norte do Brasil”, afirma um dos fundadores da Descarte Correto, Alessandro Dinelli.
A Descarte Correto começou a partir de um movimento de inclusão digital. Dinelli atuou diretamente entre 2001 e 2010 em uma ONG que trabalhava com reaproveitamento de resíduo eletrônico. Em 2011, com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, Lei 12.305, e com o desafio da sustentabilidade, os fundadores da Descarte Correto vislumbraram uma possibilidade de apoiar o crescimento da Industria de logística reversa no Norte do Brasil.
Seus fundadores perceberam que a questão do resíduo eletrônico ia muito além da inclusão eletrônica, envolvia atividades econômicas, ambientais e sociais. E criaram a empresa com três pilares: atender a política de resíduos sólidos, criar um negócio de impacto sócio-ambiental e fazer a economia circular.
A Descarte Correto vem percorrendo de forma inovadora uma jornada de construção de um novo ecossistema de destinação tecnológico após seu consumo.
A empresa tem parceria com uma instituição de São Paulo que desenvolve a metodologia e conteúdo de cursos interativos de informática básica, informática avançada, manutenção em computadores, designers básico, robótica, photoshop, Autocad, Assistente de Farmácia para pessoas que queiram se recolocar no mercado de trabalho
“Somos uma empresa pioneira em negócio social na região Norte. Tudo que a gente faz é usado em função social. Recuperamos computadores, fazemos a manutenção própria substituindo os que apresentem problemas ou os que se tornam obsoletos e oferecemos oportunidades sociais para quem precisa”, destaca Dinelli.
Os cursos tem valores praticamente simbólicos no valor de R$ 49,00 mensais e são realizadas em locais como shoppings centers. Nesses lugares, a empresa cria um espaço interativo ambiental que funciona também para receber o descarte correto de lixo eletrônico ao mesmo tempo que oferece cursos, oficinas e promove a inclusão e oportunidades, educação, qualificação, além de produtos reciclados para a venda com o que foi utilizado do lixo recolhido a preços acessíveis.
Os cursos são profissionalizantes de informática básica informática avançada, manutenção em computadores, designers básico, robótica, photoshop, Autocad, assistente de farmácia. O programa é destinado a crianças, jovens e pessoas que precisam se recolocar no mercado de trabalho.
“Nesses locais funcionam um espaço interativo, que faz parte de um programa da Descarte Correto que leva computadores, cursos de informática e profissionalizantes com valores acessíveis para diversas comunidades. São mais de 60 cursos interativos”, explica o fundador da Descarte Correto.
Segundo Dinelli, a proposta não é apenas o descarte correto do lixo eletrônico. A empresa tem seu trabalho baseado na política nacional de resíduo solido e o objetivo é transformar o lixo em um nicho econômico fazendo com que a gere oportunidades, empregos e renda.
“A ideia é fazer a economia circular, sempre renovada, gerando um ciclo. Tem pontos de coletas em várias áreas da cidade. Tem coleta direta, em condomínio, pequenas empresas, comércio e indústria”, informa Dinelli.
Todo o material arrecadado no espaço instalado numa loja do shopping Manaus ViaNorte, em Manaus, é levado para o galpão da Descarte
onde é feita uma triagem do que pode ser aproveitado. Depois são transformados em computadores e comercializados a preços bem abaixo dos praticados no mercado e que podem ser utilizados em casa, no comercio e entre microempreendedores.
O público pode descartar teclado de computadores, mouse, bateria, entre outros assessórios, apenas pilhas e lâmpadas não são aceitas. O que não pode ser reutilizado é transformado em matéria prima para outros reciclados ou indústrias.