O Tropical Hotel Manaus deve ir a novo leilão em 11 de fevereiro e ter o seu destino definido, após ter fechado suas portas em maio do ano passado. Serrá mais um capítulo de uma história de quatro décadas de glamour, luxo e hospedes famosos que passaram por suas instalações as margens do Rio Negro, que banha a capital do Amazonas.
Com dívidas que ultrapassam os R$ 20 milhões, o hotel resort já recebeu reis, príncipes, presidentes e artistas consagrados internacionalmente e está a espera de investidores que lhe deem fôlego e resgate um passado que marcou época.
Inaugurado em 26 de março de 1976, na presença do então presidente Ernesto Geisel, o Tropical foi construído pelo Grupo Varig, numa ação coordenada com o governo da época com o objetivo de integrar a Amazônia ao Brasil e ao mundo.
Com 235 mil metros quadrados, o hotel foi um dos maiores complexos turísticos hoteleiros da América do Sul, com quadras de tênis, ginásio poliesportivo, praia privativa e até um zoológico particular. No local de hospedagens, sete longos corredores com 611 apartamentos. Tudo cercado pela floresta, com vistas para o rio que banha Manaus.
O Hotel já foi a leilão em outras ocasiões. Em 16 de dezembro último, foi realizado certame no auditório do Sindicato dos Leiloeiros do Rio, sob o comando do leiloeiro público Jonas Rymer, por lance oral e avaliação de R$ 182,1 milhões.
Em julho, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11) anunciou o leilão do hotel, avaliado em R$ 60 milhões. Com a venda, o TRT11 buscava ressarcir direitos trabalhistas, além de pagar outras dívidas. Todavia, por divergências no valor da avaliação, o desembargador David de Mello Júnior suspendeu o procedimento.
