As unidades de conservação ambiental Humaitá, Iquiri e Castanho terão a exploração de madeira em parte de seu território

O presidente Jair Bolsonaro autorizou nesta quarta-feira (19), que as unidades florestais de Humaitá, Iquiri e Castanho, no Amazonas, sejam exploradas pela iniciativa privada. As três unidades concedidas, por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que este ano passou a ser vinculado ao Ministério da Economia, tem a finalidade, segundo o governo federal, de fazer o manejo sustentável e reduzir queimadas, além de obter mais controle dos investimentos sustentáveis.
O contrato de concessão a ser firmado pelo governo e a concessionária das florestas prevê prazo de 40 anos e inclui as florestas amazonenses. A previsão da equipe econômica é que Humaitá seja leiloada no quarto trimestre deste ano, enquanto Iquiri e Castanho fiquem para o segundo trimestre de 2021.
A Floresta Nacional de Humaitá tem 468 mil hectares, a de Iquiri, com 883 mil hectares, na divisa com os estados do Acre e Rondônia, também está no Sul do Amazonas, enquanto a de Castanho, com 120 mil hectares, fica no município de Careiro
Ao todo, foram anunciadas a inclusão de 22 novas iniciativas na carteira do programa, entre elas terminais pesqueiros, arrendamentos portuários e rodovias federais.
“O PPI quer ser verde, sabemos da importância dessa agenda”, disse a secretária especial do PPI, Martha Seillier. “Nós queremos andar de mãos dadas com o Meio Ambiente”, acrescentou.
Além das três florestas, foram aprovadas as concessões dos parques Canela e São Francisco de Paula, ambos no Rio Grande do Sul, para exploração turística.
Na área de infraestrutura, entre outros projetos, foram incluídos cinco arrendamentos portuários e a BR-040, que liga Brasília (DF) a Juiz de Fora (MG), e cujo investimento previsto é de R$ 7,4 bilhões.
Em entrevista à imprensa, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, afirmou que uma eventual privatização dos Correios só deve ocorrer em 2021.
O governo federal estima que projetos do PPI podem ampliar o ingresso de capital estrangeiro no país. Segundo o subsecretário de investimentos estrangeiros do ministério da Economia, Renato Baumann, no biênio 2018 e 2019, o Brasil recebeu US$ 78 bilhões e uma quantia similar, na casa de US$ 80 bilhões, pode ingressar nos próximos dois anos.