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Bolsonaro exige uso da cloroquina no tratamento da Covid-19

Presidente disse também que fará um novo pronunciamento em cadeia de rádio e TV no sábado para “transmitir confiança” à população

Bolsonaro disse ao grupo de empresários que exige ampliação no uso da cloroquina para pacientes da covid-19

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta quinta-feira (14) que exige que a cloroquina seja administrada para pacientes da covid-19 desde os primeiros sintomas. A declaração foi feita durante uma videoconferência com empresários promovida pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O argumento de Bolsonaro é que o Conselho Federal de Medicina já permite que médicos prescrevam o remédio para pacientes leves. O protocolo do ministério, porém, segue recomendações de sociedades médicas e é mais cauteloso: autoriza o uso no SUS apenas para pacientes internados. Teich vem sendo cobrado nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro para recomendar o uso amplo da cloroquina.

“Estou exigindo a questão da cloroquina agora também. Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal via ministro da Saúde vai dizer que é só em caso grave? Eu sou comandante, presidente da República, para decidir, para chegar para qualquer ministro e falar o que está acontecendo. E a regra é essa, o norte é esse”, disse Bolsonaro.

Apesar da cobrança pública, o presidente negou que haja um processo de “fritura” de Teich, que completará um mês à frente do Ministério da Saúde no próximo dia 17. “Eu não estou extirpando nenhum ministro, nunca fiz isso, e nem interferindo em qualquer ministério, como nunca fiz. Agora votaram em mim para eu decidir. E essa decisão da cloroquina passa por mim”, justificou.

Bolsonaro disse que o protocolo adotado pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não pode continuar sendo seguido por Teich. Mandetta foi demitido justamente por divergir do presidente sobre medidas de isolamento social e o uso da cloroquina.

“‘Tá’ tudo bem com o ministro da Saúde. ‘Tá’ tudo sem problema nenhum com ele. Acredito no trabalho dele. Mas essa questão, vamos resolver. Não pode um protocolo de 31 de março, quando estava o ministro da Saúde anterior dizendo que era só em caso grave… a gente não pode mudar protocolo agora? Pode mudar e vai mudar”, disse que a alteração ocorrerá “em comum acordo com o ministro da Saúde, porque o Conselho Federal de Medicina diz que tem que ser feito dessa maneira”.

Novo pronunciamento – Bolsonaro disse no encontro que fará um novo pronunciamento em cadeia de rádio e TV no sábado para “transmitir confiança” à população e afirmou ter pedido a Guedes que revisasse o texto de sua fala – será sobre a atual situação econômica do país.

“Tanto é que vamos ter um pronunciamento gravado para sábado à noite nessa linha. Pedi ao Paulo Guedes que já comece a revisar o que eu vou falar para gente dar mensagem logicamente objetiva, voltada para a vida, voltada para a economia, para nós sairmos da situação em que nos encontramos.”

Segundo Bolsonaro, “nós estamos vendo o navio chamado Brasil indo em direção ao iceberg e um esperando o outro fazer alguma coisa”. Bolsonaro encerrou sua participação desculpando-se pelo “tom um pouco exaltado” com que se pronunciou na videoconferência, afirmando que tem “profundo respeito e admiração” pelos empresários, a quem chamou de “nossos patrões”.

“Então meu muito obrigado a todos os senhores pela oportunidade, desculpa aqui o tom um pouco exaltado, faz parte da minha formação, mas eu tenho um profundo respeito e admiração pelos senhores e repito: os senhores são os nossos patrões”, disse. “Não precisa convidar, não. Se me convocar para ir a São Paulo, seja com quem for, conversar sobre o fu

“Então meu muito obrigado a todos os senhores pela oportunidade, desculpa aqui o tom um pouco exaltado, faz parte da minha formação, mas eu tenho um profundo respeito e admiração pelos senhores e repito: os senhores são os nossos patrões”, disse. “Não precisa convidar, não. Se me convocar para ir a São Paulo, seja com quem for, conversar sobre o futuro do Brasil, nós vamos conversar”.

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