Rota de fuga de Rafael Rodrigues começou em Manaus e acabou 1.000 Km depois no município de Gran Sabana, na Venezuela onde é procurado pelas policiais brasileiros e da Guarda Nacional Bolivariana
As polícias do Amazonas, Roraima e Federal atuam juntas com a Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela para prender e repatriar Rafael Fernandez Rodrigues, de 31 anos, principal suspeito da morte da namorada, a miss Manicoré (AM) Kimberly Mota, 22 anos, foragido naquele país que faz fronteira seca ao Norte com o Brasil, com as cidades de Pacaraima (RR) e Santa Elena do Uairen (VEN). O vídeo de uma das das câmeras de segurança do posto de fiscalização da BR-174, em Jundiá (RR), mostra o momento em ele começa a sua rota de fuga rumo ao país vizinho.
Rodrigues foi visto na rodoviária internacional de Boa Vista, na última segunda-feira (11). Ele retirou dinheiro em um caixa eletrônico para pagar o taxista que o transportou de Caracaraí, às margens da BR- 174, a 170 Km de distância da capital roraimense.
Da rodoviária é possível pegar um ônibus para a cidade de Puerto Ordaz (VEN) pagando de R$ 140,00 a R$ 200,00 numa uma viagem de 14h. Mas, devido as medidas restritivas baixadas por decreto presidencial por conta da pandemia do coronavírus, o transporte de passageiros está suspenso entre os dois países e ele optou por outra rota de fuga
De acordo com as investigações, da rodoviária Rafael Rodrigues foi de táxi até o Terminal interestadual do Caimbé, onde pegou um táxi-lotação que faz o trajeto Boa Vista-Pacaraima e cobra R$ 50,00 por pessoa. Esse tipo de transporte costuma levar de cinco a sete passageiros por viagem e só sai com a lotação completa. Ele dividiu o carro durante mais de duas horas com outras pessoas, tempo de duração do percurso.

Os investigadores levantaram que ele chegou ao município fronteiriço de Pacaraima e teria contratado um “coiote”, personagem muito comum em áreas de fonteira que cobram para facilitar a entrada ilegal de imigrantes em outros países. Rafael Rodrigues teria pago pelo “serviço” aproximadamente R$ 100,00 – uma fortuna para os padrões venezuelanos devido a desvalorização da moeda local.
Nesse tipo de operação clandestina, os coiotes da região costumas utilizar uma estrada vicinal alternativa muito usada por traficantes, contrabandistas e imigrantes ilegais para cruzar a fronteira até Santa Elena do Uairen a 15 km de distância – a pé ou de táxi.
Em Santa Elena, Rafael Rodrigues tem a opção de seguir na sua fuga viajando de ônibus, que saem da rodoviária da cidade diariamente para Caracas e outras cidades com linha regular. A cidade fica no município de Gran Sabana, a 900 metros de altitude, de clima serrano, população de 30 mil habitantes e muito conhecida dos brasileiros que fazem turismo na Venezuela.
Rafael Rodrigues não possui passaporte. O nome dele não consta nos registros da Polícia Federal. O que foi confirmado polícia. Caso as buscam não encontrem o suspeito, a polícia brasileira pode emitir um Mandato de Difusão Vermelha, um tipo de alerta, onde o procurado é dado como foragido e pode ser extraditado para o Brasil, caso haja um tratado de cooperação entre os governos.



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