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Manaus registra menor taxa de ocupação de leitos desde o início da pandemia;54% em UTIs

Das 83 internações diárias de pacientes confirmados de Covid-19 no pico da pandemia, em 23 de abril, número caiu para seis, em média, nos últimos sete dias na capital do Amazonas

As unidades da rede estadual de saúde em Manaus registraram esta semana a menor taxa de ocupação de leitos de UTI, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Perto de entrar em colapso com 96% de ocupação dos leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 85% dos clínicos, em 23 de abril, essas unidades tiveram uma redução de 54% (UTIs) e 31% nas alas clínicas da capital do Amazonas, na última quinta-feira (11). Os dados são da Secretaria de Saúde (Susam).

Dos 270 leitos de UTI exclusivos para pacientes de Covid-19 da rede pública estadual, 127 estavam vazios nesta quinta. Dos 939 leitos clínicos destinados aos infectados pelo coronavírus, 286 estavam ocupados, de acordo com o balanço da Susam.

Nas salas de emergências, dos 65 leitos para pacientes contaminados, 11 estavam ocupados – 17%.

Para a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o pico de internações em Manaus ocorreu no dia 23 de abril, quando o boletim registrou 83 internações de casos confirmados de Covid-19.

Desde o início de maio, o boletim da FVS vem demonstrando acentuada queda no número de hospitalizados na capital, acumulando nos últimos sete dias 45 novas internações, em média, seis por dia.

Aumento de leitos – Além da diminuição dos casos graves, a secretária da Susam, Simone Papaiz destaca que a redução da taxa de ocupação também é reflexo do aumento de leitos.

O número de leitos destinados para Covid-19 aumentou de 639, no início da pandemia, para 1.274 – um crescimento de 99% no quantitativo geral de leitos para os pacientes com a doença.

“O governo trabalhou para expandir a rede de saúde e conseguir leitos suficientes para a demanda de coronavírus. Atuamos na articulação junto ao Governo Federal para a aquisição de respiradores e contratação de pessoal; abrimos em tempo muito curto uma segunda unidade de referência para o tratamento da Covid-19; convocamos profissionais de saúde para reforçar o serviço hospitalar. Ações refletidas, hoje, nestes números”, diz Simone Papaiz.

O número de UTIs para pacientes com Covid-19 nas unidades estaduais cresceu de 107, no início da pandemia, para 270 – alta de 152%, conforme último balanço.

Enquanto que os leitos clínicos saltaram de 532 para 939, aumento de 76%. Além dos leitos clínicos e de UTI, a Susam ainda conta com 65 leitos em salas de emergência, para a estabilização de pacientes com sintomas respiratórios.

Hospitalizados – Conforme o boletim da FVS divulgado quinta-feira (11), entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, 374 pacientes estão internados – 231 em leitos clínicos (32 na rede privada e 199 na rede pública) e 143 em UTI (43 na rede privada e 100 na pública).

Segundo o boletim da FVS/AM, outros 317 pacientes internados, considerados suspeitos, aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 213 estão em leitos clínicos (40 na rede privada e 173 na rede pública) e 104 estão em UTI (20 na rede privada e 84 na pública).

Interior – De acordo com o último balanço da Secretaria Executiva Adjunta de Atenção Especializada ao Interior (SEA Interior), a taxa ocupação em leitos Covid em Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) é de 21% no interior.

Já entre os leitos clínicos a ocupação na quinta-feira (11) era de 26%. Dos 832 leitos clínicos Covid nos hospitais do interior, 213 estavam ocupados quinta-feira. Entre os 142 leitos de UCIs,  30 estavam com pacientes.

A expectativa da FVS/AM é que o percentual nos próximos dias seja menor e fique em torno dos 15%, conforme o secretário do Interior da Susam, Cássio Espírito Santo. Segundo ele, as unidades reduziram ainda mais o número de internados.

“Fonte Boa tinha três pacientes Covid; em Santo Antônio tinha dois; em Tonantins tinha três, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tabatinga não tinha nenhum paciente”, disse o secretário.

Espirito Santo informa que o percentual de ocupação de leitos no interior durante a pandemia sempre foi baixo em comparação com a capital. “Esse trabalho de baixa ocupação de leitos durante a pandemia do Covid é resultante de uma atenção básica fortalecida, que veio trabalhando nos municípios.

“Os municípios com seus planos de contingência e com as barreiras, com medicamento na atenção básica tratando de forma precoce, evitando que as pessoas agravem”, finalizou Espirito Santo.

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