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Depois da Caixa, bancos privados também tem linhas de créditos para micro e pequenos empresários

Programa criado pelo governo federal tem taxa de juros anual igual à taxa básica de juros (Selic) + 1,25% ao ano

A Caixa anunciou nesta terça-feira, 16, como irá operacionalizar de linha de crédito do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Além do banco público, algumas instituições financeiras privadas já sinalizaram que vão aderir logo ao programa estruturado pelo governo federal.

A partir da semana que vem, as linhas do Pronampe devem ser liberadas pelo Itaú. “Linhas como essa são fundamentais para irrigar a economia e ajudar companhias que têm necessidade de caixa”, afirma Carlos Vanzo, diretor executivo comercial responsável por Itaú Agências, Itaú Uniclass e PMEs, durante conversa com jornalistas, nesta terça-feira.  

Bradesco também se estrutura para oferecer o crédito aos clientes. Leandro Diniz, diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco, afirmou, em entrevista à Exame, que a instituição vai aderir ao Pronampe e à linha que terá aval do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), voltada para empresas com faturamento anual entre 360.000 e 300 milhões de reais. “Estamos trabalhando na experiência da jornada do cliente nos nossos canais para ele não precisar ir à agência”, diz o diretor.

A expectativa do Bradesco é ter os sistemas prontos para linha do Pronampe na virada de junho para julho. Como o crédito tem taxa pós-fixada (seguindo a Selic + 1,25%), a instituição precisou fazer ajustes nas suas plataformas e criar APIs para se integrar ao Fundo de Garantia de Operações, operacionalizado pelo Banco do Brasil. De abril até agora, o banco já liberou 16 bilhões de reais para pequenas e médias empresas em outras linhas de crédito.

Santander, por meio de nota, disse que está discutindo os detalhes com os órgãos participantes do processo “para adequar os fluxos de contratação destas operações”. Veja também

Como funciona o Pronampe

Nas linhas do Pronampe, a legislação definiu um prazo de pagamento de até 36 meses, com oito meses de carência e taxa de juros Selic + 1,25% ao ano. Cada CNPJ poderá receber um empréstimo total de até 30% de seu faturamento anual de 2019.  Pela regra do programa, 80% dos recursos serão destinados a empresas com faturamento anual de até 360 mil reais, e 20% para empresas com faturamento anual entre 360 mil reais e 4,8 milhões de reais. 

A lei que criou o programa foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 19 de maio. O projeto que deu origem à lei é de autoria do Senado e foi aprovado no Congresso no fim de abril. O objetivo da linha de crédito com condições facilitadas para essas empresas é assegurar capital para que mantenham os empregos durante o período de calamidade pública decorrente da pandemia do novo coronavírus.

A medida deve facilitar o acesso ao crédito das micro e pequenas empresas brasileiras. Uma matéria publicada pela Exame no mês passado apontou que sem receita e sem crédito, um quarto das PMEs brasileiras pode fechar as portas. A reportagem apontou também a dificuldade que as empresas encontravam para conseguir o crédito com os bancos.

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