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Pandemia: Amazonas desarma tendas de triagem e retira carretas frigoríficas dos hospitais

De acordo com a Susam, durante o pico, em 4 de maio, foram realizados 138 atendimentos nesses locais. Atualmente, esse número caiu para 30

Em um sinal de que pior já pode ter passado, a Secretaria de Saúde do Amazonas deu início ao desarme de tendas instaladas para a triagem de pacientes de coronavírus e das carretas com câmaras frigoríficas para os corpos das vítimas, nos hospitais de Manaus.

Com a redução do número de internações na rede de saúde estadual, enterros, queda da taxa de ocupação de UTIs e leitos clínicos e a estabilização da curva epidemiológica dos casos de Covid-19, a Susam resolveu desativar as instalações provisórias que auxliaram no pico da pandemia.

Com base numa avaliação do Gabinete de Crise instituído pelo governador Wilson Lima, foram instaladas tendas nos hospitais e prontos-socorros 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo. Nas tendas eram realizados os primeiros procedimentos de atendimento, com a triagem dos pacientes.

Profissionais avaliavam as condições de saúde e davam os encaminhamentos de cada caso. De acordo com relatório da secretaria, durante o pico, no dia 4 de maio, foram realizados 138 atendimentos nas três unidades. Pouco mais de um mês após, o número de atendimentos é de aproximadamente 30.

Foram instaladas câmaras frigoríficas nos HPS João Lúcio, 28 de Agosto e Platão Araújo; nos hospitais de referência Delphina Aziz e de Combate à Covid-19; e no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), para o acondicionamento de corpos de pacientes que vieram a óbito nessas unidades.

De acordo com o boletim epidemiológico emitido pela Fundação de Vigilância ontem (19), foram confirmados mais 26 óbitos pela doença, dos quais cinco ocorridos nas últimas 24 horas, estando a taxa de letalidade da doença no estado em 4,21%, que já foi de 8,6%.

A secretária da Saúde, Simone Papaiz, disse que a manutenção e a retirada dessas estruturas das unidades está de acordo com o plano de retomada gradual das atividades, iniciado no dia 1º de junho.

“Com base no plano que foi estabelecido, observamos durante os 18 dias posteriores ao início da reabertura gradual das atividades, em 1º de junho, o comportamento dos dados epidemiológicos e da curva de casos e mortes por Covid-19. Ao constatarmos que estes números têm apresentado queda, decidimos encerrar o funcionamento das tendas e iniciar a retirada das câmaras frigoríficas”.

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