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Jaraqui pode ser matriz de piscicultura no estado

Peixe é estudado como uma nova perspectiva para piscicultura no Amazonas

Manaus, terra de sabores: quem come jaraqui nunca mais sai daqui!

Um dos peixes mais apreciados pelos amazonenses e visitantes do estado pode vir a ser criado em cativeiro. O popular jaraqui, que virou até jargão, “comeu jaraqui não sai mais daqui”, para classificar os migrantes que se radicalizaram no Amazonas, é alvo de estudo pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror).

Por meio da Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa), foram adquiridos 500 exemplares da espécie jaraqui-de-escama-grossa (Semaprochilodus insignis) para seleção de matrizes e reprodutores no Centro de Tecnologia, Treinamento e Produção em Aquicultura (CTTPA), em Balbina, no município de Presidente Figueiredo (distante 117 quilômetros de Manaus).

A Sepa procura diversificar a oferta de alevinos em Balbina, que tradicionalmente reproduz tambaqui e matrinxã, mas que no ano passado também passou a ter alevinos de pirapitinga.

O plantel de jaraquis é o primeiro passo para criação do projeto de reprodução de espécies com potencial para aquicultura ornamental”, afirmou chefe da Sepa, Leocy Cutrim.

O jaraqui é considerado um peixe de excelente potencial, tanto para aquicultura ornamental, quanto para a aquicultura de recria e engorda. No mercado ornamental a espécie é conhecida como “Brasileirinho”, podendo chegar até R$ 5,00 a unidade.

Na aquicultura de engorda, o jaraqui pode ser trabalhado com outras espécies de peixes (policultivo), pois tem como característica o hábito alimentar detritívoro, consumindo matéria orgânica, algas e microrganismos depositados em substratos, realizando o processo de “limpeza” do viveiro.

A seleção das matrizes e reprodutores dos peixes adquiridos agora, acontecerá entre os meses de novembro a março próximos, quando ocorre o período de reprodução da espécie.

A espécie está em todos os cardápios de restaurantes locais e na mesa de boa parte dos amazonenses. O peixe faz parte da culinária regional e é servido nos mais variados pratos: frito, cozido ou assado. O preço também ajuda, é um dos mais baratos no mercado.

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