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Produção industrial cresce 8,9% em junho, segunda alta mensal

Motocicletas produzidas no polo de duas rodas de Manaus estão entre os equipamentos de transporte que cresceu 142%

Suframa Invest - Veículos de Duas Rodas

A produção da indústria brasileira cresceu 8,9% em junho, na comparação com maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta foi a segunda alta seguida para reverter a perda de 26,6%, acumulada pelo setor nos meses de março e abril, após o início do isolamento social para controle da pandemia do novo coronavírus.

“Embora tenha crescido numa magnitude importante, acumulando expansão de 17,9% nos meses de maio e junho, a produção industrial ainda está longe de eliminar a perda concentrada nos meses de março e abril”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

O saldo negativo desses quatro meses é de 13,5%. A produção está abaixo do que operava no ano passado.

Na comparação com junho de 2019, o setor recuou 9%. A indústria registrou recorde negativo no fechamento do segundo trimestre deste ano. No acumulado do primeiro semestre, caiu 11% e, no ano, recuou 5,6%, queda mais elevada desde dezembro de 2016.

Em junho, o avanço foi generalizado, em todas as grandes categorias econômicas, em 24 dos 26 ramos pesquisados.

A alta de 8,9% foi a maior desde junho de 2018, quando o setor retomou a produção logo após a greve dos caminhoneiros. Mesmo com o desempenho positivo em junho deste ano, a indústria ainda está 27,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Entre as atividades, André Macedo destaca a influência positiva, mais uma vez, de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 70% em junho, puxado, principalmente, por carros e caminhões.

“Esse setor acumulou expansão de 495,2% em dois meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim está 53,7% abaixo do patamar de fevereiro”, observa o gerente da pesquisa.

Outro destaque positivo, em magnitude, veio de outros equipamentos de transporte, que cresceu 142%. “Motocicletas estão dentro dessa atividade. Ela também vem tendo expansões significativas desde maio. Esses avanços, contudo, estão longe de suplantar as perdas observadas em março e abril”, afirmou Macedo.

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