
Os testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em conjunto com a AstraZeneca, voltarão a ser realizados. O anúncio foi feito neste sábado, depois de uma semana de pausa nos exames clínicos diante da descoberta de um caso de efeitos colaterais.
A vacina é a aposta do governo brasileiro que, há poucos meses, fechou um acordo bilionário com o consórcio para ter acesso ao futuro produto. No Brasil, a Anvisa indicou que ainda aguarda dados.
“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi informada pela Universidade de Oxford sobre a autorização para a retomada dos testes no âmbito do estudo clínico com a vacina para covid-19”, diz a agência.
Reunidos na tarde deste sábado, especialistas da Anvisa concluíram que a relação benefício/risco “se mantém favorável”. Os testes foram suspensos na última terça-feira, após uma pessoa apresentar reação alérgica ao medicamento no Reino Unido.
Os técnicos da Anvisa avaliaram uma série de informações recebidas da agência reguladora britânica (MHRA), do Comitê Independente de Segurança do Estudo Clínico e da AstraZeneca. Foram analisados vários fatores, como a causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no estudo. Antes da decisão ser tomada pela agência, a Universidade de Oxford anunciou ter retomado o estudo.
Na última quinta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro assinou Medida Provisória (MP) que viabiliza recursos para produção e aquisição da vacina contra a Covid-19, produzida pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford.
A proposta prevê um crédito orçamentário extraordinário de R$ 1,9 bilhão para que a Fiocruz possa dar início à produção do imunobiológico.