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Míssil brasileiro de longo alcance estará pronto até 2022

O Exército já treina para o uso da nova arma e uma uma bateria do sistema de lançadores múltiplos de foguetes Astro 2020 já está em Manaus participando da Operação Amazônia

Missil terá com base de lançamento o sistema Astros II, que está em Manaus com as tropas da Operação Amazônia 2020

O missil brasileiro AV-TM 300, capaz de percorrer 300 quilômetros de distância, está em fase final de desenvolvimento, segundo anunciou o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. 

Construído pela empresa brasileira de artilharia Avibras, o Míssil Tático de Cruzeiro AV-TM 300 (ou MTC 300) tem o objetivo de ampliar o poderio bélico do Brasil e desencorajar eventuais ameaças externas.

“Este é um dos esforços do país para dotar-se de meios para prestar apoio de fogo de longo alcance, com elevada precisão e letalidade”, de acordo com o ministro.

“Falta muito pouco para ele complementar a artilharia de foguetes do Exército brasileiro, dando-nos um poder dissuasório muito grande”, afirmou Azevedo.

Graças ao seu alcance de 300 quilômetros, o armamento poderá ultrapassar os limites do território nacional e atingir alvos estratégicos. Isso representa um avanço considerável em relação aos modelos já utilizados pelo Brasil, que percorrem entre 30 e 80 quilômetros. 

O AV-TM 300 é desenvolvido em conjunto com o Foguete Guiado SS-40, outro empreendimento das Forças Armadas para expandir sua capacidade militar. Ambos fazem parte do Projeto Estratégico Astros 2020, lançado durante o governo Dilma Rousseff, em 2011.   

Operação Amazônia

O Exército já treina para o uso do novo arsenal. Uma bateria do sistema de lançadores múltiplos de foguetes Astro 2020 foi deslocada recentemente até Manaus, onde 3.600 militares participam de um exercício chamado Operação Amazônia. 

O treinamento, que termina no próximo dia 23, simula um ataque externo à região da floresta. De acordo com o comandante do Exército, Edson Leal Pujol, é extremamente importante que as Forças Armadas brasileiras estejam aptas a defender o território amazônico, considerado estratégico. 

“É um esforço muito grande, mas é nosso dever para com a sociedade brasileira nos prepararmos e treinarmos para se, um dia, houver a necessidade de defendermos nossa Amazônia”, afirmou Pujol. “Por tudo que ela representa em termos de riquezas minerais, biodiversidade, para a economia e para a vida dos brasileiros”.

A preparação do Exército ganha tempo na espera pelas novas armas. Segundo o ministro da Defesa, as primeiras unidades do míssil AV-TM 300 serão entregues em 2021 ou 2022. 

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