Vítima de complicações da Covid-19, o artista estava internado na UTI da Samel desde o dia 13 de setembro. O ‘Furacão do Boi’, como era conhecido, teve a vida toda ligada ao boi bumbá, sendo vocalista de apoio de Garantido e Caprichos
O artista parintinense, Klinger Araújo, o “Furacão do Boi”, morreu aos 51 anos, após complicações causadas pela Covid-19. Klinger estava internado na Samel com 75% dos pulmões comprometidos, estava se recuperando aos poucos usando a chamada capsula Vanessa, desenvolvida pela equipe médida do hospital, mas não resistiu a complicações renais.
O cantor começou a sentir os sintomas no dia 02 de setembro, no dia 04 realizou o exame sorológico e negativou, porém os os sintomas só aumentavam.
No dia 09 foi internado na Samel, onde fez o exame PCR que detectou que Klinger estava com Covid-19. No dia 12, Klinger recebeu alta hospitalar, porém ao se sentir retornou a Samel.
Klinger viveu em Manaus desde os 13 anos e foi um dos responsáveis pelo crescimento do movimento boi-bumbá na capital do Amazonas, nos anos 1980 e 1990. Tinha múltiplos talentos: além de músico, compositor e levantador de toadas, fez sua vida profissional como radialista, atuando nas rádios Alvorada (Parintins) e Difusora (Manaus), além de ter se revelado um excelente comediante e imitador.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto manifestou profundo pesar pela morte do artista parintinense e um dos ícones do folclore amazônico.
“Aos 51 anos, Klinger ou o ‘Furacão do Boi’, como era conhecido, deixa a cidade de Manaus e todo o Amazonas de luto e com o coração entristecido. É mais uma vítima dessa doença nefasta e sai de cena, prematuramente, deixando o sentimento de que ele ainda tinha muito a contribuir com nossas manifestações culturais”, disse o prefeito.
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio do secretário Marcos Apolo também manifestou pesar pelo falecimento do artista amazonense.
“Klinger era uma pessoa extraordinária, que sempre emanava coisas boas. Inspirador, alto astral. Deixa um legado cultural gigante, uma história relacionada à rádio, onde trabalhou durante muito tempo. Trabalhamos juntos em alguns programas de rádio, na Difusora, por exemplo. Um artista inigualável, versátil, irreverente e muito talentoso”, comentou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz.