
A pesquisa Câncer de mama: o cuidado com a saúde durante a quarentena, elaborada pelo Ibope Inteligência a pedido da Pfizer, mostrou que 62% das mulheres esperam pelo fim da pandemia para retomar consultas médicas e exames de rotina necessários para a detecção do câncer de mama.
Esse percentual é ainda mais alto entre as pacientes com mais de 60 anos – grupo que corre maior risco com a Covid-19 –, 73% delas disseram que deixaram de frequentar o médico ginecologista ou mastologista desde o início da pandemia.
O Ibope entrevistou 1,4 mil mulheres com idades a partir dos 20 anos residentes do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre e Recife para entender como elas estão cuidando da saúde durante a quarentena. Os especialistas reforçam que o “câncer não faz quarentena” e se preocupam com os dados.
“Ainda que seja compreensível (que as pessoas tenham medo de procurar os serviços de saúde), é preocupante saber que durante esse período houve um atraso de consultas e exames para detecção do câncer de mama”, pontuou Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil.
Márjori destaca que a decisão pode trazer consequências futuras. “Isso pode ter um impacto muito sério. (Teremos) uma segunda onda de doenças que deixaram de ser diagnosticadas precocemente”.
O levantamento mostrou também que mulheres com menos de 40 anos são as mais desassistidas em informações sobre prevenção e exames de rotina. O desconhecimento contribui para que elas recebam o diagnóstico mais tarde e sofram com tumores mais agressivos.
O câncer de mama não tem uma única causa. Fatores como idade, questões hormonais, história reprodutiva, aspectos comportamentais e ambientais estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença.