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Manaus tem campanha contra a paralisia infantil

Ameaça de poliomielite é efeito das políticas desde o golpe, diz  especialista - Rede Brasil Atual

Com 18 vacinas no Calendário Nacional de Vacinação, a Prefeitura de Manaus começou, nesta segunda-feira (5), a campanha contra poliomielite (paralisia infantil) e de multivacinação. O público-alvo é formado por crianças e adolescentes na faixa etária de 0 até 14 anos, 11 meses e 29 dias.

A campanha vai até o dia 30 deste mês e as vacinas estão disponíveis em 168 pontos de atendimento localizados nas zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural de Manaus.

A lista com o endereço das salas de vacina pode ser consultada no site da Secretaria Municipal de Saúde (semsa.manaus.am.gov.br).

“As unidades de saúde estabeleceram fluxos de atendimentos diferenciados para atender a população, levando em conta a pandemia da Covid-19, evitando aglomeração e reduzindo o risco de disseminação do novo coronavírus. E crianças e adolescentes poderão ter apenas um acompanhante para acessar a sala de vacina”, informa o secretário de Saúde de Manaus, Marcelo Magaldi.

Um dos focos é a imunização contra a poliomielite, doença contagiosa causada pelo poliovírus e que não é registrada no Brasil desde 1990. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira, a meta é manter o país livre da doença.

O Ministério da Saúde tem alertando que tem crescido o número de pessoas não vacinadas nos últimos anos em todo o país e algumas doenças voltaram a apresentar casos em algumas cidades brasileiras, como é o caso do sarampo, o que também pode acontecer com a poliomielite.

“Um dos motivos é que, por causa do sucesso de campanhas anteriores, uma geração de pais não vivenciou surtos e epidemias que causaram o adoecimento e morte de crianças, então não percebem totalmente o risco de não vacinar os filhos”, alerta o secretário de Saúde.

A pólio pode causar a infecção da medula e do cérebro, deixando a criança permanentemente com paralisia nas pernas e sequelas como pé torto, crescimento diferente das pernas, osteoporose, paralisia dos músculos da fala e da deglutição, além da dificuldade de fala e atrofia muscular.

Atualmente, o Paquistão e o Afeganistão são países ainda considerados endêmicos para poliomielite, com registro de casos da doença. “Isso significa que o vírus continua em circulação no mundo e que, sem vacina, o risco da doença retornar ao país ainda existe”, afirma.

Na campanha contra poliomielite, todas as crianças na faixa etária de um a quatro anos deverão receber uma dose da Vacina Oral. Para crianças de dois meses até 11 meses e 29 dias, os profissionais de saúde irão avaliar o cartão de vacina e verificar a necessidade de doses da Vacina Inativada contra a Poliomielite (VIP), seguindo o preconizado no Calendário Nacional de Vacinação.

Multivacinação

Já na campanha de multivacinação, o público-alvo é na faixa etária de 0 até menores de 15 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias), com a oferta de vacinas como a BCG, que previne a tuberculose; Pentavalente, contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e o vírus Haemophilus influenzae B; Rotavírus, contra a gastrointerite; Pneumocócica 10, que protege a pneumonia, meningite e otite; Meningocócica C; Meningocócica ACWY (para adolescentes de 11 e 12 anos); Tríplice viral, que previne sarampo, caxumba e rubéola; varicela; Vacina HPV; Hepatite A; Dupla Adulto, contra difteria e tétano; e febre amarela.

Na campanha de multivacinação tem o objetivo de atualizar o esquema vacinal das crianças e adolescentes, seguindo o protocolo do calendário nacional de vacinação. Por isso é essencial a avaliação do cartão de vacina por um profissional de saúde. Cada vacina tem uma faixa etária adequada para ser administrada, tanto em crianças quanto em adolescentes.

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