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Traficante do AM preso no Ceará gastou mais de R$ 30 mil em cirurgias plásticas

O traficante Lenon Oliveira do Carmo, de 39 anos, preso no último fim de semana, gastou mais de R$ 30 mil em cirurgias para mudar a aparência e continuar fungindo da Justiça amazonense. Ele fez plásticas no nariz, orelhas, harmonização facial e assumiu a identidade de Aylon Soares Carsoso se passando como empresário na região metropolitana de Fortaleza. 

Além da cirurgia no nariz, orelhas e harmonização facial, Lenon Oliveira fez, ainda, procedimentos na boca e uma modificação em uma tatuagem. As intervenções teriam acontecido em 2019, no Ceará.  

De acordo com a Secretaria de Segurança do Amazonas, Oliveira usava uma identidade falsa para conseguir fazer os procedimentos, se identificando como Aylon Soares Cardoso. O Órgão informou ainda que o foragido ostentava uma vida de luxo no Ceará financiada pelo tráfico de drogas e vendas de terrenos obtidos a partir de invasões em Manaus. O repasse dos recursos era feito por meio de ‘laranjas’. 

Alto padrão na praia

Apesar do disfarce, Lenon Oliveira foi localizado e capturado em Caucaia, numa área litorânea da Região Metropolitana de Fortaleza, quando visitava sua nova casa de alto padrão, a poucos metros da Praia do Icaraí. 

Com o nome de Aylon Soares Cardoso, ele estava foragido desde 2018, quando foi transferido do sistema prisional amazonense para uma unidade em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Ao retornar para o Amazonas, obteve da Justiça o direito à prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Após destruir o equipamento, ele fugiu para o Ceará.

Ficha corrida

Com uma extensa ficha corrida, Oliveira é apontado como um dos participantes do massacre que aconteceu em janeiro de 2017, no Complexo Penitenciário Antônio Jobim (Compaj), localizado em Manaus. Na matança, 56 detentos foram brutalmente assassinados. 

Conforme a SSP-AM, além de já ter sido preso por tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídios e por crimes ambientais, Lenon Oliveira comandava, ainda, invasões de terras em Manaus.

Em uma das empreitadas, um local foi invadido e, nele, foi criado um clube de lazer para traficantes, onde o foragido chegou a desviar o curso de um rio para ter um próprio balneário natural.

O local seria uma espécie de “bunker”, onde os bandidos articulavam e planejavam as ações criminosas em Manaus, incluindo a fuga de traficantes presos em regime fechado no sistema prisional.

Milícia no Amazonas

Lenon Oliveira também é apontado como autor de vários homicídios relacionados ao tráfico de drogas na capital amazonense. Ele responde ainda um série de processos que, juntos, somam mais de 60 anos de prisão em condenações. Foragido, ele comandava uma milícia armada responsável o tráfico de drogas em diversos bairros de Manaus. Ele fazia o transporte dos entorpecentes por meio das orlas fluviais da cidade. 

Segundo SSP-AM, o traficante era integrante de uma facção criminosa que atuava no Amazonas, porém, há cerca de dois anos, mudou de grupo criminoso, passando a fazer parte de uma organização de origem do Rio de Janeiro, na qual ocupava um posto de comando.

Ele era considerado uma espécie de executivo do condenado da Justiça amazonense Gelson Carnaúba, o “Mano G”, chefe do Comando Vermelho no estado.

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