
Um total de 50 sepultamentos foram registrados nos cemitérios de Manaus nesta quinta-feira (19) – 43 nos espaços público, sendo quatro como Covid-19, e sete nos espaços privados, sendo um causado pelo novo coronavírus.
O aumento súbito de sepultamentos acima da média diária de 35, preocupou o prefeito da cidade, Arthur Virgílio, que se manifestou no feriado desta sexta-feira (20).
“Falamos em pandemia como se fosse passado e ela está presente. Ontem (19) foram 50 sepultados em Manaus e disseram que foram apenas cinco por Covid-19 entre cemitérios públicos e privados. Isso não é verdade, sabemos que é muito pior. A pandemia está aí e é preciso tomarmos providências”, disse o prefeito sem apontar que são os que “disseram que foi cinco’ ou apresentar provas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o município é responsável por atestar as causas de mortes somente em casos de ocorrência domiciliar. A maior parte das causas de óbitos são atestadas por médicos dos hospitais e Serviços de Pronto Atendimento (SPAs).
“Nossas UBSs estão fazendo tudo o que podem, trabalhando dia e noite, para darmos conta da nossa parte e mandamos os casos mais graves para os hospitais do Estado ou para a rede privada”, afirmou Virgílio.
“Estamos fazendo testagens e até vacinação contra o H1N1, porque aumenta a imunidade. Recomendo a todo mundo o uso de máscara e que leve a sério algo que está acontecendo na Europa e está acontecendo aqui”, concluiu.
Informe
Segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que gerencia os cemitérios públicos da cidade, desde o início da pandemia do coronavírus, que teve o pico nos meses de abril (com mais de 2,4 mil sepultamentos e cremações) e maio (com mais de 1,8 mil), com números quase três vezes maiores de enterros que os considerados normais, antes da pandemia.
Ontem (19), dos 43 registros nos cemitérios municipais, dois foram de óbitos oriundos de outras cidades. Não houve opção por cremação. Foram registrados, também, sete óbitos em domicílio e do total de sepultamentos no sistema público, oito foram a partir do serviço SOS Funeral, gerenciado pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
Ainda entre as causas dos enterros nos cemitérios públicos, foram registradas quatro por insuficiência respiratória, uma parada cardiorrespiratória e uma parada respiratória. Também foram registradas três mortes por causas desconhecidas ou indeterminadas.