O presidente também defendeu o tratamento precoce para evitar o que acontece na capital amazonense

O presidente Jair Bolsonaro se limitou a dizer que “a situação está complicada” sobre a falta de oxigênio e o colapso na saúde em Manaus. Em live, na noite desta quinta-feira (14), o presidente falou sobre a saída da Ford do Brasil, isenção do Imposto de Renda, técnica de transplante de órgãos de porcos para humanos e fez críticas a mídia antes de citar Manaus.
Ao lado do ministro do Saúde, Eduardo Pazuello, Bolsonaro defendeu o tratamento precoce para a covid-19 como forma de evitar o que ocorreu em Manaus. O tratamento precoce defendido pelo presidente é um kit de remédios que comprovadamente não combatem a covid-19, como a hidroxicloroquina.
“A cada 10 intubados, sete morrem. Eu lembro do Mandetta. Fique em casa, quando sentir falta de ar procure o hospital. Aí, você lembra a pressa para comprar respirador. Foi uma festa. Mas não vou acusar o Mandetta de ter mandado ficar em casa para o pessoal superfaturar”, disse. “Na Guerra do Pacífico, o pessoal chegava ferido e não tinha sangue, começaram a colocar água de coco e deu certo. Se tivesse esperado uma comprovação científica, quantas pessoas teriam morrido? É a mesma coisa o tratamento precoce da covid com hidroxicloroquina, ivermectina, anita, e não faz mal se mais na frente descobrirem que não faz efeito, o que não vai acontecer”, concluiu.
Pazuello destacou que a situação que Manaus vive é de colapso. “Manaus teve o pior momento da pandemia em abril do ano passado e foi revertido. Agora estamos novamente em situação grave. Considero que há um colapso em Manaus. A realidade da diminuição da oferta do oxigênio. Estamos priorizando o oxigênio para atender as UTIs”, afirmou.
“Manaus é uma conjunção de fatores. É uma ilha no meio da Amazônia. Qualquer coisa que você precise é só de avião ou dias embarcando em um barco. Manaus não teve tratamento precoce. A infraestrutura hospitalar é bastante reduzida”, disse.