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Comboio com oxigênio ganha mais 3 carretas e agora são 7 chegando hoje pela BR-319; veja as imagens

Cada caminhão transporta 30 mil metros cúbicos de oxigênio, o equivalente a seis cargueiros C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira, com capacidade para 5 mil m3

O comboio de carretas com oxigênio que chegam hoje a Manaus vindo de Porto Velho pela BR-319 recebeu o reforço de mais três caminhões tanques. Agora são sete o número de veículos transportando cada um 30 mil metros cúbicos de gás para abastecer os hospitais da capital do Amazonas que estão com os seus estoque em níveis críticos.

Os caminhões tinham previsão de chegada para ontem à noite, mas as péssimas condições da estrada no trecho de 400 km até Igapó Açu deixou muitas carretas, ônibus e carros atolados e atrapalhou a passagem do comboio escoltado por carros da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).

Imagens do grupo de WhatsApp da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, mostram cenas do tráfego parado no meio da rodovia tomada pela lama e crateras. Tratores e retroescavadeiras trabalham 24 horas para que o oxigênio chegue em Manaus.

A estrada teve um grande movimento por conta do final de semana e em alguns trechos é possível observar cenas de passageiros de ônibus e carros de passeio misturados a motoristas de ônibus e maquinas, num esforço para transpor as dificuldades e chegar na capital do Amazonas.

“Trechos daqui do Piquiáa até a Toca da Onça a gente está tendo muitas dificuldades para transportar essa carga de oxigênio. Muitas carretas atoladas, carros pequenos”, diz um técnico do Denit, em áudio enviado por WhatsApp. Ouça:

O esforço tem provocado paradas não programadas e é provável que não consigam chegar pela manhã, informou o presidente da Associação de Amigos e Defensores da BR-319, André Marsílio, às 10h deste sábado.

Gargalo da logística

A associação está no Careiro aguardando a chegada dos caminhões e promove uma manifestação pedindo o fim do isolamento terrestre do Amazonas, que deixou evidente a incapacidade logística do estado diante de uma situação de emergência como a de saúde.

A população depende do transporte aéreo, mais caro e de capacidade limitada, e da fluvial, que leva em média 5 dias para chegar. A crise do oxigênio ficou evidente com as imagens dos motoristas no meio da estrada tentando vencer o desafio para chegar a Manaus com a carga que pode salvar milhares de vidas.

Para se ter uma ideia da quantidade de gás transportado, uma carreta com 30 mil metros cúbitos de oxigênio equivale a seis cargueiros C-130 Hércules, o maior da Força Aérea Brasileira. Atualmente, os aviões da FAB fazem quatro voos diários na ponte aérea com Manaus.

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