O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desembargador Aristóteles Lima Thury morreu neste domingo (14) vítima de Covid-19.
Diagnosticado com a doença, ele foi internado em Manaus e depois foi transferido em UTI aérea para São Paulo no início de janeiro, para continuidade do tratamento, mas não resistiu.
Thury foi contra a proibição das convenções partidárias e dos comícios nas últimas eleições municipais no Amazonas, apesar dos pedidos da Defensoria Pública do Estado e da diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Rosemary Pinto (também vítima do coronavírus) para que esses eventos fossem virtuais como em outros estados. As eleições e o feriadão da Independência foram alguns dos principais fatores da alta de novos casos de Covid-19 no estado.
Saiba mais
Thury foi empossado como presidente do TRE para o biênio 2020-2022 em maio do ano passado. Magistrado de carreira, era também professor de Direito Penal.
Ele formou em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (1976), onde também fez pós-graduação em Direito Penal e Direito Processual Penal. Tomou posse no cargo de juiz de Direito em 1980, atuando em comarcas do interior do Estado. Em 1991 foi promovido a juiz da capital.
Em 2002 foi admitido membro da corte do Tribunal Regional Eleitoral como Juiz de Direito da classe dos magistrados, onde permaneceu por quatro anos. Foi, ainda, membro do órgão colegiado do Programa de Proteção às Vítimas e Testemunhas Ameaçadas – PROVITA/AM. Em 2005, assumiu como 1º Diretor da Escola Judiciária Eleitoral do TRE/AM.
Em 2008, foi eleito, pelo critério de merecimento, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas. Um ano mais tarde, assumiu a Presidência da Associação dos Magistrados do Estado do Amazonas (AMAZON), sendo reeleito para o cargo em 2011.
Em 2010 foi designado membro da corte do Tribunal Regional Eleitoral como Substituto da classe dos Magistrados (Desembargador), onde permaneceu por um período de quatro anos.
Foi presidente da comissão que coordenou o concurso público do TJAM, em 2012, onde assumiu, em 2014, permanecendo na função até assumir o cargo de Corregedor-Geral de Justiça, onde permaneceu de 2016 a 2018.
