
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse que o estado ainda precisa continuar expandindo a rede de saúde, transferindo pacientes para outros estados e aumentar o número de vacinas para imunizar o maior número de pessoas contra a Covid-19.
Em entrevista rede CNN Brasil, na manhã desta quarta-feira (17), ele afirmou que o Ministério da Saúde tem que atender as demandas do estado para conter o coronavírus e a nova variante P1.
“Em função do período sazonal, de variantes do vírus, a crise agudizou antes do restante do país, mas nós estamos trabalhando com as demandas que são nacionais. O ministério vem ajudando com o apoio à implementação de UTIs desde outubro, fornecimento de respiradores, monitores, bombas de infusão, medicamentos…”, disse.
“Conseguimos expandir a rede três vezes mais do que foi expandido no ano passado, porém, com a variante do vírus, triplicou a necessidade do planejamento que tínhamos previsto. As demandas são as mesmas. Precisamos vacinar o máximo de pessoas possível, e continuar esse processo de expansão de rede e transferência de pacientes para outros lugares.”
Vacinação
Hoje à tarde está prevista reunião do ministro da Saúde, Eduaro Pazuello com os governadores para discutir o cronograma de vacinas contra a Covid-19 do país. Alguns já se mostraram contrários ao plano do ministro de começar uma vacinação em massa pelo Amazonas, no Norte do Brasil para evitar a transmissão do vírus.
Em Manaus, o ministro Pazuello informou que a partir do próximo dia 22 chegará um novo lote de vacinas em Manaus para executar projeto-piloto para aceleração do Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, com os imunizantes sendo antecipados para o público-alvo a partir de 50 anos.
Na reunião com os governadores, o ministro vai defender esse projeto que, a partir desse próximo lote, prioriza os estados onde a disseminação da nova cepa do novo coronavírus esteja comprometendo o sistema de saúde, caso do Amazonas.
Segundo auxiliares de Pazuello, a proposta é começar pelo estado do Amazonas e imunizar não só os grupos prioritários, mas toda a população a partir dos 18 anos de idade. De acordo com a nova estratégia, toda a região Norte do país seria vacinada primeiro. Após o Amazonas, seriam vacinados pela ordem: Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e Pará.