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BR-319: vice-presidente da Câmara e Associação reagem contra suspensão das obras

“É uma covardia com o povo do Amazonas”, disse o deputado Marcelo Ramos sobre a decisão judicial, que também teve a desaprovação da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, que protestou em nota contra a suspensão do asfaltamento do trecho já existente e licitado que precisa de recuperação

Imagem do atual estado rodovia BR-319: descaso. Foto: Associação dos Amigos e Defensores da BR-319

A decisão do Ministério Publico Federal, que determinou a paralisação das obras da rodovia BR-319, provocou a reação do vice-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado amazonense Marcelo Ramos (PL-AM), e do presidente da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, André Marsílio, que reúne 10 mil associados pela trafegabilidade da estrada que tira do isolamento o Amazonas e interliga o estado com o restante do país.

“Um juiz que não conhece a nossa realidade, a pedido de um procurador que anda de passagem pelo Amazonas, pedirem a paralisação das obras da BR-319, depois do belo trabalho da Dra. Jaíza Fraxe no processo na primeira instância, é uma covardia com o povo do Amazonas”, afirmou Marcelo Ramos.

“No documento elaborado pelo MPF argumenta-se que trata-se de uma nova infraestrutura e que a elaboração de um projeto básico já indica isso, porém houve uma interpretação equivocada e maldosa, pois a rodovia já foi construída e complemente asfaltada, não se tratando de uma rodovia nova, mas sua recuperação com capa asfaltica e novos bueiros”, explica Marsílio, da Assosciação dos Amigos e Defensores da estrada.

sidente da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, André Marsílio

Ainda de acordo com Marsílio, desde 2019, uma manobra vem sendo feita para atrasar o licenciamento ambiental com a inclusão do Lote C como trecho do meio (km 250-655,5). “Sendo que tal proposta tivesse sido feita, o EIA-RIMA, que já estava concluído, teria que ser refeito para incluir mais 52km, atrasando o processo”, informa.

Para o deputado federal, Marcelo Ramos, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, por intermédio do DNIT, já garantiu já ter cumprido todas as determinações da sentença e os estudos de impacto ambiental, feitos exatamente de acordo os termos que o MPF solicitou.

vice-lider da Câmara, Marcelo Ramos, governador do Amazonas, Wilson Lima, e o minstro da Infraestrutura: trativas para recuperar a BR-319. Foto: divulgação

“O MPF age com intransigência e deixa claro que não quer estudos, quer inviabilizar a BR. Justamente em meio à pandemia no Amazonas, que expôs a urgência de uma ligação rodoviária da Amazônia com o país”, disse, em referência às dificuldades logísticas para o envio de cilindros de oxigênio ao estado, na crise de abastecimento do insumo.

Recentemente, o vice-presidente da Câmara anunciou a Tarcísio Freitas, em reunião com governadores e parlamentares da Amazônia, a oficialização da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pavimentação da BR-319.

Nota da Associação

A Associação dos Amigos e Defensores da BR-319 vem ao público comunicar o repúdio referente à ação do Ministério Publico Federal que mais uma vez tenta barrar o processo de recuperação da rodovia BR-319. Desde 2019, uma manobra vem sendo feita para atrasar o licenciamento ambiental com a inclusão do Lote C como trecho do meio (km 250-655,5), sendo que tal proposta tivesse sido feita, o EIA-RIMA que já estava concluído teria que ser refeito para incluir mais 52km, atrasando o processo.

O lote C possui autorização para repavimentação e trata-se de um trecho importante que interliga a comunidade do Tupanã ao Igapó Açú, sendo que está última comunidade vem sofrendo com a precariedade da rodovia desde 1987.

No documento elaborado pelo MPF argumenta-se que trata-se de uma nova infraestrutura e que a elaboração de um projeto básico já indica isso, porém houve uma interpretação equivocada e maldosa, pois a rodovia já foi construída e complemente asfaltada, não se tratando de uma rodovia nova, mas sua recuperação com capa asfaltica e novos bueiros, ainda mais, toda obra de engenharia precisa de um projeto básico como consta na lei Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 artigo 6º (e) – XI).

Este mesmo MPF, em audiência publica no município do Careiro, no Fórum que debate a reabertura da BR-319, apresentou uma carta a sociedade pedindo a imediata ação do Governo Federal para a repavimentação do LOTE C, sendo que este LOTE possui todas as condicionantes ambientais para a repavimentação.

Acreditamos na justiça, e que esta decisão seja revertida novamente ao povo.

André Marsílio
Presidente da Associação dos amigos e defensores da BR-319

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