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TRE-AM rejeita recurso de Adail e mantém nova eleição em Coari

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) rejeitou os recursos ingressados pelo ex-prefeito de Coari, Adail Filho (Progressita), e manteve ontem (4) a decisão de realizar novas eleições na cidade. Ele teve o registro de candidatura cassado, no final do ano passado, depois de ser reeleito nas eleições de 2020 com Keitton Pinheiro como vice.

No julgamento de quinta-feira, os juízes eleitorais consideraram que a eleição de Adail configurou o terceiro mandato consecutivo dentro do mesmo núcleo familiar.

Nos embargos, ele alegou que a Justiça já havia reconhecido a ruptura do exercício do grupo familiar em Coari desde 2014.

Por meio de nota, Adail disse que respeita a decisão do TRE-AM, mas irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a decisão.

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No entendimento do TRE-AM, Adail feriu a legislação eleitoral que proíbe que integrantes do mesmo núcleo familiar exerçam mandados por mais de duas legislaturas consecutivas.

O pai do prefeito, Adail Pinheiro foi eleito em 2012, mas cassado pela justiça em 2014. Na ocasião, Raimundo Magalhães assumiu o cargo e completou o mandado. No entanto, em 2016, Adail foi eleito prefeito e reeleito em 2020.

Família Pinheiro

No ano passado, Adail Filho foi preso durante a Operação Patrinus por suspeita de montar um esquema de corrupção que desviou, pelo menos, R$ 100 milhões.

Segundo as investigações, Adail Filho pagava fornecedores que não recebiam da prefeitura há anos. Em troca, cobrava dos empresários 30% do valor da dívida. Ainda segundo o MP, o prefeito também arrecadava propina fraudando licitações.

Adail Filho e Mayara Pinheiro são filhos de Adail Pinheiro – acusado de comandar uma rede de pedofilia em Coari. Adail Pinheiro foi preso pela primeira vez em 2008 na Operação Vorax, da Polícia Federal, por suspeita de desviar mais de R$ 40 milhões.

À época, os policiais também colheram indícios de que Adail chefiava uma rede de exploração sexual que contava com servidores públicos para identificar e aliciar as vítimas. Em 2014, ele foi denunciado por pedofilia e condenado por comandar um esquema milionário de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos na Prefeitura de Coari.

Já em 2017, Adail Pinheiro recebeu indulto e teve extinção da pena de prisão de mais de 11 anos.

Com informações do G1e Rede Amazônica

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