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No Pará, assaltante invade UPA, atira em segurança e faz enfermeiras reféns

Policiais cercaram o assaltante na UPA de Marituba (PA) - Divulgação / PM-PA

Pacientes e funcionários de uma Unidade de Pronto Atendimento do município de Marituba, na região metropolitana de Belém, viveram momentos de terror no final da noite de ontem (27).

Um assaltante armado invadiu o hospital, atirou no segurança e fez duas enfermeiras reféns. No momento havia muitos pacientes esperando atendimento e houve tumulto. Funcionários se trancaram nas salas para se proteger. Nenhum refém ficou ferido.

O assaltante foi atingido com um tiro na perna e só se entregou após mais de duas horas e meia de negociações. De acordo com a polícia, a invasão da unidade de saúde aconteceu após a fuga do suspeito de um assalto no município vizinho de Benevides.

O assaltante que entrou no posto estaria em um grupo de quatro, que havia acabado de roubar um carro e trazia o motorista de refém. O veículo seria usado para roubar postos de combustível na região.

Perseguição – A polícia foi acionada e uma viatura começou a acompanhar o bando. “Recebemos informações da família do refém de que eles estavam seguindo no sentido Marituba”, conta o tenente da PM Wanderley Santana.

Na rodovia BR-316, próximo ao posto de saúde, os policiais conseguiram interceptar o veículo. Na tentativa de escapar, o grupo foi para a UPA. Três deles se renderam e liberaram o motorista na chegada ao hospital.

Houve troca de tiros com os seguranças do hospital, e o assaltante que não havia se rendido foi atingido na perna e correu para dentro da UPA. De acordo com Santana, um Guarda Municipal que faz a segurança do prédio foi atingido no peito, mas foi salvo pelo colete à prova de balas.

O assaltante então invadiu uma das enfermarias e fez duas enfermeiras reféns. As negociações foram longas e as reféns foram liberadas somente depois das 23h. “Ele só aceitou se entregar com a chegada da mãe e da imprensa”, afirmou o tenente.

O suspeito foi identificado pela PM como Luís Gustavo Rodrigues de Oliveira, 23 anos, que estava foragido do sistema penal havia quatro anos por roubo.

Ele foi levado à delegacia do município. Com ele foram apreendidas uma arma calibre 38, uma metralhadora caseira, uma faca e um celular. Segundo Santana, ele deve responder por ao menos pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, cárcere privado duas vezes, no veículo e na UPA, e tentativa de homicídio do Guarda Municipal.

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