
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, no final da tarde desta quarta-feira (26) pelo Twitter, que é inaceitável e pediu apuração imediata do caso do segundo sargento da Aeronáutica Silva Rodrigues, de 38 anos, lotado no GTE (Grupo de Transporte Especial) da FAB (Força Aérea Brasileira), preso com 39 kg de cocaína, em Sevilha, na Espanha, na última terça-feira. Bolsonaro negou que o militar tivesse relação com a equipe dele.
“Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem, ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país!”, escreveu no seu perfil na rede social.

O militar detido é “taifeiro”, função equivalente à de um comissário de bordo, e presta serviços em aeronaves da FAB e já fez mais de 99 viagens servindo a três ex-presidente. A droga estava dentro da bagagem de mão de Silva Rodrigues, que voltaria com a comitiva do presidente, segundo informou nesta quarta-feira à tarde, o vice-presidente Hamilton Mourão.
“Quando tem essas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho. Então, quando o presidente voltasse agora, do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele. Então, seria (destino) Sevilha (para) Brasil”, explicou Mourão.
Os 39kg apreendidos junto ao militar não deixam
dúvidas que ele é uma “mula qualificada”, completou. “É óbvio que, pela
quantidade de droga que o cara tava levando, ele não comprou na esquina e
levou, né? Ele estava trabalhando como mula. Uma mula qualificada, vamos
colocar assim”, ponderou o vice-presidente.