A estimativa incial para este ano era de 1,880 milhão, um crescimento de 7,5% em relação a 2024, e elevou essa alta para 11,5% até o final do ano

O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo -, Marcos Bento, esteve ontem em Manaus onde anunciou que teve de refazer para mais as previsões das indústrias do polo de duas rodas instaladas na capital amazonense. Num encontro com a imprensa em um hotel no Distrito Industrial, Bento informou que a meta de 1,880 milhão de motocicletas previstas para serem produzidas este ano foi revista para 1,950 milhão. Se a previsão inicial já significava um crescimento de 7,5% em relação a 2024, a atual eleva esse patamar para 11,5%.
“O ano tem sido positivo o que faz a gente rever nossas projeções. Pelo que aconteceu até o momento, a gente vai atingir um crescimento de 11,5%, manter o nível de exportação e elevar o varejo para mais de 2 milhões de unidades”, disse Bento, que tem 15 empresas associadas no Polo Industrial de Manaus, que representam cerca de 20 mil empregos diretos na economia brasileira.
Se nas motos as expectativas são boas, as bicicletas também prometem. O setor aposta em 330 mil bikes este ano, um crescimento de 3% em comparação ao ano passado. De janeiro a setembro de 2025 a previsão era de 254 mil, um crescimento de 6,3% em relação a 2024. Mas foram produzidas 270 mil, uma alta de 16,05%.
As e-bikes tem superado todas as expectativas e se destacado nas linhas de produção. Em 2024 foram produzidas 13,6 mil, co bicicletas elétricas contra 33,3 mil ese ano até setembro. Um aumento de 145% em relação ao ano passado.
O cenário favorável para a alta demanda do mercado é explicado pela Abraciclo pelo crescimento do setor de delivery e do público feminino. Além disso o transporte sobre duas rodas é uma alternativa para a mobilidade urbana, uma ferramenta para o deslocamento de baixo custo de aquisição e manutenção.
“A bicicleta elétrica veio para ficar. Se pegar um pacote completo, a bicicleta elétrica pode ser uma alternativa de baixo custo para percorrer percursos de 40 km de centros urbanos substituindo os carros”, diz o vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, Fernando Rocha.