Classificadas como atividade de lazer, estabelecimentos ficaram entre as últimas atividades a reabrir suas portas

Tida por especialistas como essenciais para a saúde, as academias de ginásticas aguardam ansiosamente a reabertura de suas atividades dentro do cronograma de retomada da economia do governo do Amazonas, que começa na próxima segunda-feira (1).
Representantes dos estabelecimentos, no entanto, tentam antecipar a reabertura de seus negócios – previsto para após o dia 29 de junho – justificando que eles não são uma atividade de lazer, mas sim de saúde preventiva, principalmente, nesse momento de isolamento social e essencial para o bem estar das pessoas.
Muitas publicações científicas apontam a atividade física como essencial para a prevenção de doenças do coração, obesidade e das articulações. Nesse momento de pandemia, profissionais alertam para os perigos do sedentarismo na quarentena e orientam a prática de exercícios para reduzir os riscos de doenças.

“É cientificamente comprovado que atividade física é medicina preventiva. Uma pessoa sedentária tem muito mais chances de ficar doente, que uma fisicamente ativa”, diz o professor de Educação Física, Steeferson Pontes, da Academia Fit One.
Ainda segundo Steeferson, as academias, antes da crise do coronavírus, já adotavam boas práticas de higienização com a constante limpeza dos equipamentos, sempre mantendo garrafas de álcool à mão dos frequentadores.
“Sempre houve essa preocupação com a saúde dos alunos. O Amazonas é o primeiro do Brasil em obesidade e um dos primeiros em doenças cardíacas devido o sedentarismo. Por isso buscamos antecipar a nossa atividade no plano de abertura da economia como de prevenção a saúde, à frente de outras atividades menos essenciais”, explica Steeferson.
Para o proprietário da Academia Maxx Fit, Vitor Benayon, quem trabalha com atividades físicas está preparado para orientar as pessoas porque são da área de saúde. “Tem condições de orientar e fiscalizar o distanciamento social, a higienização e os cuidados necessários para a segurança de todos”.
“Planejamos reabrir com um rodízio nos dias da semana, trabalhar com horários agendados e manter a distância estabelecida pelas autoridades de saúde. Não podemos ser classificados como uma atividade de lazer e esportiva”, diz Benayon.

Além dos problemas orgânicos provocados pela inatividade, a falta de exercícios também provoca danos psicológicos nesse cenário de confinamento.
De acordo com a psicóloga Cyntia Fonseca, nesse período de distanciamento das pessoas, há uma tendência a ansiedade e a depressão. Ela afirma que costuma indicar exercícios para seus pacientes no combate a essas patologias.
“É importante. São aspectos da terapia que ajuda na recuperação de ansiosos e deprimidos. São fatores significativos e com bons resultados”, explica Cynthia Tavares, enfatizando que saúde física também é mental.


