
Internações por acidentes com fogos de artifício são corriqueiras. São 263 ocorrências de janeiro a setembro deste ano. É um caso por dia, em média, segundo a SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão).
Em 2019, foram 490 internações. Em 2020 e 2021, as hospitalizações contabilizadas foram 347 e 339, respectivamente.
Com a proximidade das festas de final de ano, Samuel Ribak, presidente da SBCM, alerta sobre os riscos do manuseio.
Segundo ele, além de queimaduras, esses artefatos causam lesões, cortes e até amputações de mãos e punhos, que têm estruturas complexas e de grande importância no corpo.
Precauções

Ribak recomenda que os fogos de artifício sejam utilizados com o uso de suportes, que distancie o artefato da mão, nunca segurado diretamente pelos membros.
A atenção com as crianças deve ser redobrada por causa da curiosidade que as cores dos fogos exercem sobre elas. “Elas devem ser afastadas do local e os pais ou responsáveis precisam ficar sempre atentos sobre onde estão e de que forma estão se divertindo”, diz Ribak.
O médico pede cuidado com o “estalinho” (bombinhas que estouram quando lançadas ao chão), pois as faíscas têm substâncias com potencial para incendiar e provocar acidentes.
Ele também reprova o reaproveitamento de fogo de artifício já usado, mesmo que não tenha causado a explosão.
“Nunca utilize materiais de fabricação caseira e compre fogos de artifício apenas em lugares especializados. Leia atentamente as instruções.
Use-os sempre ao ar livre, com uma distância de segurança e certifique-se que não tem material combustível por perto”, conclui.