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Queimadas no Amazonas dobram em relação ao mesmo período do ano passado: 981 para 2.073

O Amazonas registrou nos primeiros nove dias de outubro 2.073 queimadas, mais que o dobro dos focos registrados no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 981, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente no último domingo (8), os Bombeiros atenderam 97 ocorrências na Região Metropolitana de Manaus, no município de Iranduba, a 30 km da capital amazonense.

Os dados do Inpe mostram que o número de focos de calor registrados somente nesses primeiros dias do mês já supera todo o consolidado de outubro do ano passado.

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Imagem reproduzida do Jornal do Amazonas, Segunda Edição da Rede Amazônica/Rede Globo

A “onda de queimadas” começou em agosto no Amazonas. Naquele período, o estado registrou pouco mais de 5,4 mil focos de incêndios. Já em setembro, foram quase 7 mil, o segundo pior mês de setembro desde 1998, quando o Inpe começou a fazer o monitoramento.

Já em outubro, o rastro de destruição do fogo segue avançando. Enquanto, no ano passado, no mesmo período, o estado registrou pouco mais de 1,5 mil focos de calor, neste ano já são 2 mil. Só no domingo (8), o Inpe registrou 656 registros de incêndio.

O governador Wilson Lima esteve ontem (9) no distrito de Cacau Pirêra, no município de Iranduba, do outro lado da Ponte Rio Negro, onde estão sendo registrados os focos de incêndios controlados pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas, que tem uma base na região desde o ano passado

“Nós já combatemos 1.976 focos de incêndio, eles aumentam significativamente no fim de semana. Só para vocês terem ideia, ontem (domingo, 8), foram 97 focos de incêndio combatidos. A gente já conseguiu dar uma resposta muito significativa nessa região, principalmente ali no Cacau Pirêra, que era um local que era preocupação nossa”, afirmou o governador.

O Governo do Amazonas recebeu, no último dia 2 de outubro, o apoio de 23 agentes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Eles já estão atuando com suporte no combate no Cacau Pirêra.

Até o início deste mês, já foram aplicadas multas que, somadas, ultrapassam R$ 17 milhões, segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

Lima se reuniu em Iranduba com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Orleiso Muniz, e os secretários de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, e de Segurança Pública, coronel Marcus Vinicius.

Aeronaves

O Amazonas recebeu quatro aeronaves para intensificar o combate aos incêndios. Uma foi cedida pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e outra pelo Governo do Distrito Federal.

O helicóptero vindo de Mato Grosso do Sul conta com o equipamento de bambi-bucket que tem capacidade de despejo de 550 litros de água.

Já a vinda do Distrito Federal é no modelo Airtractor com capacidade para transportar 3,1 mil litros de água por viagem, sendo reabastecida com apoio de um caminhão-tanque dos Bombeiros.

Há, também, uma aeronave cedida pela Marinha, equipada com bambi-bucket com capacidade de despejo de 300 litros de água. Outra aeronave do Governo do Amazonas, do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa) da Secretaria de Segurança Pública (SSP/AM), é empregada no transporte dos combatentes às áreas de difícil acesso.

Iranduba

Desde o dia 25 de setembro, os Bombeiros realizam combate a um incêndio em uma área com aproximadamente três quilômetros. Mais de 40 bombeiros estão atuando.

Com as aeronaves, está sendo realizado o suporte aéreo com despejo de água e transporte de militares para o local, tendo em vista que a área é de difícil acesso.

“Desde julho, nós já fizemos um enfrentamento de quase dois mil focos de queimadas, a grande maioria ali no sul do Amazonas. Estamos empregando todo o efetivo qualificado, com viaturas, com equipamentos de proteção individual para a gente fazer o trabalho, o enfrentamento o mais efetivo possível”, reforçou o comandante dos Bombeiros.

Operações

Atualmente, o Corpo de Bombeiros tem realizado o combate às queimadas, por meio das operações Tamoiotatá, Aceiro e Céu Limpo, com foco na Região Metropolitana de Manaus e no Sul do Amazonas, que concentram a maior quantidade de focos.

São mais de 500 agentes estaduais, entre bombeiros, policiais civis e militares, agentes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), fiscais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), homens da Força Nacional, além de brigadistas contratados pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), atuando no combate ao desmatamento e às queimadas ilegais no estado

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