por: 
O advogado e amigo do parquedista Luiz Henrique Cardelli, Athos Cardoso, disse que um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso e vai trabalhar para responsabilizar pelo incidente que envolveu o advogado curitibano desaparecido.
Ele representa a família e disse nesta terça-feira (26) que vai anexar ao inquérito um vídeo de uma amiga de Cardelli alertando sobre o mau tempo momentos antes do avião decolar do Aeroclube de Manaus com um grupo de 14 parquedista do qual o amigo fazia parte.
Cardoso afirma que as imagens são públicas e serão inseridas no inquérito que apura o incidente.
“Agora, a gente tem prova. O vídeo foi gravado às 14h50 e mostra que o tempo já estava fechado. É nítido o tempo de chuva. Isso nos gera dúvidas e nos faz desejar buscar uma resposta através da investigação, porque algo estranho aconteceu”, disse o advogado.
Segundo ele, a família não vai desitir de encontrar o responsável pela decolagem do avião naquelas condições metereológicas. Em entrevista a Rede Amazônica, ele agradeceu a todos os envolvidos nas buscas.
“Estamos com fé, muita fé dos amigos, familiares e voluntários, que tem tirado dinheiro do próprio bolso para colocar gasolina nos barcos e veículos nas buscas para encontrar Luiz Henrique”, falou Cardoso agradecendo ainda a força-tarefa de 90 homens do Exército, Marinha, Aeronáutica, Bombeiros e Polícia Militar e Civil, que continuam a procura de Cardelli.
O presidente do Aeroclube, Luiz Mário Peixoto, informou que o Aeroclube está participando do trabalho de buscas pelo paraquedistas desde o dia do incidente.
Ele garantiu que o voo estava autorizado e que as condições do tempo foram acompanhadas em tempo real pelo piloto do avião. Explicou ainda que o paraquedista que entra na aeronave não é obrigado a saltar, se não quiser e que todos tinham segurança para para pousar. “Aconteceu que uma rajada de vento levou os quatro atletas para cima”.
“Nesse momento as forças estão canalizadas nas buscas do Luiz Cardelli, tanto é que, mesmo que chegue um momento em que as buscas sejam suspensas [pelas autoridades], o Aeroclube do vai manter todos os esforços para que se possa manter a procura por ele”, reafirmou.
Buscas já duram 12 dias
As buscas pelo paraquedista entram hoje (26) no décimo segundo dia. Um comitê foi criado no Centro de Comando e Controle do Amazonas e uma força-tarefa de 90 homens das Forças Armadas, Bombeiros e policias Civil e Militar procuram Cardelli desde o dia do desaparecimento.
As buscas são realizadas por helicópteros, barcos, jet-skis e veículos por terra numa área delimitada na região metropolitana de Manaus, na área em torno da Ponte Rio Negro.
A família do paraquedista oferece uma recompensa de R$ 20 mil para quem encontrá-lo. Além da recompensa, e da força-tarefa, ribeirinhos e pescadores com canoas e ajudam na busca.
