
Mais uma semana de tempo bastante instável na Região Norte do país, ainda com destaque para novos transtornos no Amazonas.
A região de Manaus, segue durante toda a semana em alerta para chuva intensa, novamente com acumulados elevados, potencial para alagamentos e deslizamentos de terra.
Ainda haverá períodos com sol e ar abafado, mas a chuva é persistente e com risco de temporais.
Segundo informações do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, o mês de março tem acumulados extremamente elevados sobre a capital que já ultrapassaram a média climatológica mensal com cerca de 407mm.
Temperatura
Manaus (AM) deve ter dia chuvoso hoje (27). Segundo dados do Tempo Agora, a cidade tem previsão de temperaturas entre 24°C e 28°C e 82% de chance de chuvas ao longo desta segunda.
A segunda começa com 24°C durante a madrugada. No período da tarde, os termômetros devem marcar 28°C, chegando a 25°C durante a noite.
Efeitos de ‘águas grandes’ e do La Niña
As fortes chuvas que ocorrem no Norte e no Nordeste do país desde a última semana provocaram deslizamentos, arrastaram casas e deixaram milhares de pessoas desabrigadas.
Embora tenham acendido um alerta aos governos locais e autoridades das defesas civis, a quantidade de água prevista nas últimas semanas não foge do padrão médio para a época do ano, dizem especialistas.
Porém, a conjunção da precipitação elevada com um aumento do nível dos rios e alterações das marés provocam o fenômeno chamado “águas grandes” ou “águas de março” que, em locais de maior risco, com terrenos baixos e próximos às margens dos rios, podem provocar enchentes, explica o meteorologista Olívio Bahia, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Tradicionalmente, os meses do ano que compreendem o verão no Brasil são caracterizados por fortes chuvas.
Na região Norte, ocorre o chamado “inverno amazônico”, período com precipitação elevada e com aumento de nebulosidade devido ao clima abafado.
Com isso, o excesso de nuvens provoca uma temperatura mais baixa (por isso é chamado de inverno).
A concentração da umidade provoca as chuvas, que podem chegar a 200 milímetros em algumas localidades. “Quando a maré sobe e ao mesmo tempo vem a chuva, a água não tem para onde escoar e provoca alagamentos, o que faz com que algumas das metrópoles próximas às margens dos rios infelizmente sejam dragadas”, afirma Bahia.