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Alerta: previsão de seca no Amazonas pode se agravar nos próximos meses

Cemaden orienta que governos invistam em planos de adaptação aos extremos climáticos já que estes eventos devem se tornar mais frequentes no Brasil.

O acompanhamento mensal do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) aponta que a seca, hoje severa e extrema em alguns municípios do Amazonas, pode aumentar nos próximos meses, coincidindo com o início do verão amazônico.

Mas, segundo a pesquisadora em secas do órgão, Ana Paula Cunha, ainda não é possível afirmar que a estiagem de 2024 no Estado possa se igualar ou ser maior que a registrada ano passado, que foi uma seca histórica na região.

No entanto, relembra Ana Paula, em abril do ano passado não havia indícios nos mapas de monitoramento do Cemaden sobre uma seca recorde no Amazonas em 2023. Os municípios àquela altura estavam classificados como seca moderada ou severa em comparação a igual período deste ano.

A pesquisadora, que também é coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden, ressalta que o órgão monitora até o mês subsequente estiagem ou cheia de uma localidade, mas, alerta: “considerando a previsão em escala sazonal (3 meses) de centros internacionais de meteorologia, há uma probabilidade de que as condições de seca persistam nos próximos 3 meses (com exceção do extremo norte da região)”.

‘Em relação aos impactos na produção agrícola familiar, é importante que os municípios com projeção de persistência das condições de secas tenham orientação da assistência técnica rural local para identificar métodos ou técnicas que possam contribuir com a redução da perda de produtividade na próxima safra’, disse.

Outras medidas, são de médio e longo prazo, tais como, fortalecimento das instituições locais para melhorar suas capacidades de enfrentamento dos efeitos das secas, reduzir as vulnerabilidades socioeconômicas da população desses municípios mais afetados. Manter o mapeamento dos municípios mais vulneráveis à secas em todo o Brasil, tal mapa indica que as regiões Norte e Nordeste são aquelas com maior número de municípios com alta vulnerabilidade socioeconômica. 

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