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AM: 340 comunidades serão inseridas em novo ordenamento pesqueiro

1.500 famílias aproximadamente irão se beneficiar com a construção de acordos de pesca.

Para incentivar o uso ordenado dos estoques pesqueiros na região do médio Rio Negro, nas áreas de abrangência entre os municípios de Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) participa das tratativas para a construção do ordenamento pesqueiro da região. Os pescadores artesanais e ornamentais estão inseridos na política do Cartão do Produtor Primário (CPP), emitido exclusivamente pelo Idam.

Mais de 340 comunidades serão inseridas no ordenamento pesqueiro, que até o momento irá beneficiar aproximadamente 1.500 famílias com a construção de acordos de pesca. Esse quantitativo será atualizado até o final do mês de junho, quando a equipe de técnicos retornará ao local para atualizar o levantamento de dados.

O ordenamento pesqueiro do Médio Rio Negro é uma tratativa que iniciou em 2006, mas somente em 2016 os comunitários com apoio técnico conseguiram discutir o zoneamento e algumas regras. E agora, em 2021, o Governo do Amazonas, por meio da Sema, Sepror e Idam, com apoio do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, retomou a construção e regulamentação do ordenamento pesqueiro da região.

De acordo com a engenheira de pesca do Idam, Larissa França, na região do Médio Rio Negro, assim como em muitas regiões do Estado, a pesca ainda acontece de forma desordenada, causando alguns conflitos entre os pescadores.



“Com o ordenamento pesqueiro, os pescadores e usuários terão áreas específicas para realizarem a pesca de subsistência, artesanal, esportiva, ornamental e ainda terão áreas para preservar os recursos pesqueiros”, pontuou Larissa, ao destacar que as regras, criadas pelos pescadores, visam o fortalecimento social e a geração de renda para as comunidades participantes.

Regulamentação e renda – Com as atividades de pesca ordenadas, as comunidades também começam a se organizar, levando parte da produção até a sede do município para comercializar em feiras e mercados locais. E, futuramente, poderão realizar o manejo do pirarucu e outras atividades dentro de áreas protegidas.

No ordenamento da pesca esportiva é possível envolver grande parte dos comunitários, que podem atuar como operadores de pesca, piloteiros, guias, cozinheiras, camareiras e outras atividades.

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