
O Amazonas tem sido uma das maiores vítimas da pandemia do coronavírus. O estado vem somando números que o colocam na liderança de mortes pela Covid-19, inclusive não apenas à frente de outras unidades da Federação, mas de uma nação como o Reino Unido, que reúne quatro países.
O estado do Norte brasileiro tem registrado atualmente mais de 200 mortes por 100 mil habitantes, maior que a média de 166 (números atualizados de hoje, 6 de fevereiro) dos quatro países juntos que formam o Reino Unido, na Grã-Bretanha.
O coronavírus já vitimou 2.000 pessoas por milhão de habitantes, de acordo com dados do Ministério da Saúde na última terça-feira (2). A taxa é superior à da Bélgica, país onde a Covid-19 mais mata em relação ao tamanho da população. No país europeu, foram até agora 1.818 vítimas por milhão.
Esta semana, o site Poder 360 reuniu as informações do Ministério da Saúde e fez um quadro ilustrativo da situação atual da Covid-19 no Amazonas, onde o estado ocupa a primeira posição. Veja:

O estado enfrenta uma nova variante do vírus que é que uma mutação mais infecciosa e resistente à imunidade de infecções anteriores, o que pode explicar a avalanche de novas internações, ampliações de leitos para atendimento e a falta de oxigênio, que pode atingir níveis sete vezes mais do que os normais.
Antes da pandemia, a rede de saúde do Amazonas consumia 15 mil metros cúbicos de gás hospitalar, atualmente essa demanda é de 80 mil m3 e a previsão do secretário de Saúde, Marcellus Camêlo, é que alcance os 130 mil m3.
Na semama passada em Manaus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que o estado precisaria transferir 1.500 pacientes para outros estados para desafogar o sistema – já foram mais de 400.
No início da semana a espera uma por vaga nos hospitais era de 600, atualmene caiu pela metade, menos de 300.
Na última terça-feria (2), o governo federal afirmou que “o abastecimento de oxigênio no Amazonas estava normalizado” e que “o consumo médio diário de 80 mil metros cúbicos está garantido, com sobra aproximada de 8 mil m³ por dia”.